Infectados devem desenvolver "alguma proteção" contra covid-19, diz OMS
Matheus Piovesana
Em São Paulo
26/04/2020 10h06
Após fazer um alerta a respeito do uso de "passaportes de imunidade" contra a pandemia da covid-19, a OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou na noite do sábado (25), em sua conta oficial no Twitter, esclarecimentos sobre o texto que trata do assunto.
Nas novas postagens, a OMS afirma que é esperado que a "maioria das pessoas infectadas pela covid-19" desenvolva anticorpos que deem algum tipo de proteção contra a doença.
"O que ainda não sabemos é qual o nível de proteção ou por quanto tempo ele durará", escreveu a organização.
Os esclarecimentos foram feitos, de acordo com a agência, após o documento original ter causado "alguma preocupação".
No texto "Passaportes imunológicos' no contexto da covid-19", publicado em seu site, a OMS afirmava que há evidências de que pessoas recuperadas da doença estariam protegidas de uma segunda infecção.
O órgão publicou as informações após alguns países adotarem os "passaportes" para reduzir medidas de distanciamento social. O texto não sofreu alterações.
Entretanto, outro ponto que a OMS havia destacado é o de que, dado o período de incubação da doença no organismo —entre uma e duas semanas—, pessoas infectadas pelo novo coronavírus poderiam criar anticorpos mesmo com o vírus ainda presente na corrente sanguínea, o que reduziria a precisão desse tipo de medição.
Nas novas postagens no Twitter, a OMS ressalta que, até o momento, nenhum estudo deu respostas a questões sobre a reação do organismo ao vírus, e que o documento será atualizado quando novas evidências científicas estiverem disponíveis.
A OMS também apagou de sua conta na rede social os tuítes originais sobre o documento, mantendo apenas uma imagem das postagens excluídas.