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SC: Bebê nasce envolvido por bolsa amniótica em parto de gêmeos

Brayan e Emanuel nasceram ontem, de parto normal, em Criciúma (SC) Imagem: Hminsc/Ideas

Giorgio Guedin

Colaboração para Universa, em Blumenau (SC)

06/11/2020 18h32

Um procedimento raro na obstetrícia aconteceu ontem na cidade de Criciúma, no sul de Santa Catarina. Uma mãe deu à luz a dois irmãos gêmeos, de parto normal, sendo que um deles saiu do útero envolvido pela bolsa amniótica — o chamado "parto empelicado". Tanto a mãe, quantos os filhos passam bem.

O parto diferente aconteceu no Hospital Materno Infantil Santa Catarina. Os gêmeos Brayan e Emanuel são filhos de Keila Barbon Henrique e de Gilmar Concatto da Silva, que moram em Forquilhinha, município vizinho. Brayan nasceu às 9h32 com 2,546 kg e 44 cm; Emanuel, às 9h41, com 2,346 kg e 44,5 cm, e ainda na bolsa amniótica.

Uma das responsáveis pelo procedimento, a ginecologista e obstetra Camila Martins, contou a Universa que Keila chegou a unidade hospitalar normalmente. Os profissionais realizaram o monitoramento, e ela então começou a entrar em trabalho de parto, que evoluiu de forma muito rápida.

"A gestação de gêmeos muitas vezes vira cesárea, pois dependendo de como eles são, no canal vaginal, não temos segurança para fazer o parto normal. Dá para fazer quando o primeiro bebê a sair está de cabeça para baixo" explicou.

Emanuel, filho do casal Keila Barbon Henrique e de Gilmar Concatto da Silva, nasce dentro de bolsa amniótica; é o chamado parto empelicado Imagem: Hminsc/Ideas

Foi o que aconteceu com Keila. Após o procedimento com o primeiro filho, os médicos decidiram continuar o parto normal com o segundo, que nasceu nove minutos depois.

"Nesses casos, é importante ter o mínimo de intervenção médica. Então, a gente não rompeu a bolsa e o que normalmente ocorre é que ela estoure, quando o bebê passe no canal vaginal. Isso não aconteceu", detalhou Camila.

Emanuel nasceu na posição "sentada" (pélvica), com a bolsa amniótica, e na primeira percepção de movimentação do bebê, os médicos romperam a bolsa. "Foi muito bonito para nós da equipe e para mãe, que estava bem emocionada. Foi um momento bem mágico, estávamos à meia-luz, ambiente silencioso. Uma experiência linda, ainda estamos extasiados", comemorou a médica.

Por ser um parto normal, Keila e os irmãos gêmeos foram liberados hoje do Hospital.

Procedimento raro

A literatura médica aponta que o chamado parto empelicado ocorra uma vez a cada 80 mil nascimentos. Os gêmeos podem compartilhar a bolsa e a placenta.

"A maioria das gestações de gêmeos tem duas placentas e tem duas bolsas. Em algumas, é uma placenta e duas bolsas e outras que é uma placenta e uma bolsa", explicou a médica.

No caso de Brayan e Emanuel, havia duas placentas e duas bolsas.

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