Mulher dá à luz gêmeos de outro casal após laboratório usar embrião errado
Da Universa
08/07/2019 16h27
Um casal de Nova York está acusando uma clínica de fertilização artificial de Los Angeles de usar os embriões errados para fecundá-la, levando a mulher à dar luz gêmeos de outra família. Eles estão processando a clínica que, de acordo com o casal, sabia do erro e tentou esconder a informação.
O casal, que escolheu se manter anônimo para não sofrer com a "humilhação" que sentem pelo resultado do erro, descobriu que estavam grávidos com os embriões errados quando a mulher deu à luz dois meninos, ao invés de duas meninas. Os bebês também não tinham descendência asiática como o casal, de acordo com a NBC News.
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O processo diz que o casal "estava chocado de ver que os bebês que supostamente foram feitos com seu material genético não pareciam com eles". Os dois tiveram que devolver as crianças aos pais biológicos.
A clínica CHA Fertility já se definiu como "a meca da medicina reprodutiva" e foi o primeiro lugar a promover o congelamento de óvulos em 2002. O casal gastou mais de US$100 mil em fertilização in vitro e diz no processo que gostariam de filhos desde o casamento em 2012.
Tentativas de engravidar naturalmente e por meio de inseminação artificial não foram bem-sucedidas, o que os levou ao CHA Fertility. O casal viajou a Los Angeles em 2018 e iniciou o processo de obtenção de óvulos para criação de embriões para fertilização. Após uma tentativa sem sucesso, em julho de 2018, a segunda tentativa funcionou, gerando dois embriões femininos.
Então, quando a mulher realizou um ultrassom, já com alguns meses de gestação, eles descobriram que ela estava grávida de dois meninos. O doutor da clínica CHA, porém, garantiu que o exame não era garantia de certeza definitiva sobre o sexo dos bebês. A mulher deu à luz dois meninos não-asiáticos em março. Um teste de DNA provou que eles não eram filhos do casal e ambos tiveram que ser devolvidos aos pais biológicos.
O casal está processando a CHA Fertility por má conduta médica, negligência, intenção de infligir estresse emocional e quebra de contrato. Eles afirmam que os donos da clínica são culpados de um "acidente inimaginável".