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Mulheres protagonizam um mundo em evolução


Michelle Obama faz 55 anos: veja 8 curiosidades que fazem dela um ícone

Michelle Obama Imagem: AFP

Da Universa

17/01/2019 18h10

Michelle Obama, a única primeira-dama negra na história dos Estados Unidos, chega aos 55 anos nesta quinta-feira (11) com um legado muito maior do que o de esposa de um ex-presidente.

Em menos de 45 anos de vida, ela trocou a casa em que foi criada em um bairro pobre de Chicago, onde dormia na sala com o irmão mais velho, pela suíte principal de um dos endereços mais importantes (e luxuosos) do mundo, a Casa Branca -- trajetória que narra em sua autobiografia "Becoming", de 2018. 

Para comemorar seu aniversário, lembramos oito curiosidades sobre Michelle que provam que ela se tornou ícone pop feminista e progressista. 

Peitou o marido sobre política

Mesmo quando pretendia concorrer apenas ao Senado de Illinois, no final de década de 1990, Barack Obama teve que enfrentar a oposição dentro de casa. Em "Becoming", Michelle diz que sempre se opôs à atuação política do marido e, quando cogitou tentar a presidência, teve medo do que essa mudança brusca de vida poderia causar às filhas do casal. 

"Eu não achava uma boa ideia concorrer às eleições. Meu raciocínio podia variar ligeiramente a cada vez que a pergunta ressurgia, mas minha posição geral se mantinha, como uma sequoia enraizada no solo, embora qualquer um possa ver que nunca adiantou absolutamente nada", explica.

Quando cedeu à vontade de Barack, Michelle bateu o pé e fez suas exigências: durante boa parte da campanha, manteve seu emprego como diretora de um hospital público e fazia questão de estar em casa todos os dias para colocar as filhas para dormir.

É uma mãezona feminista

Mãe de duas meninas, Malia, de 20 anos, e Sasha, de 17, Michelle nara em seu livro os esforços para criá-las como adolescentes comuns, mesmo vivendo em um dos endereços mais famosos do mundo.

Em seus primeiros anos de primeira-dama, comprou briga com o serviço secreto dos Estados Unidos para garantir que as duas pudessem fazer atividades comuns como ir à sorveteria ou a festas de aniversário com amigos.

Além disso, adotou medidas para garantir que as duas crescessem em um lar menos machista possível, como não alterar suas rotinas de alimentação e sono de acordo com a agenda do pai, mesmo que ele fosse um dos homens mais importantes do mundo. "Não queria que elas crescessem achando que a vida começa depois que o homem está em casa", escreveu, em sua biografia.

Driblou o arquétipo "negra raivosa"

Quando Barack anunciou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, em 2006, Michelle já estava acostumada a ser "esposa de político" há anos, quando o marido trabalhava como senador estadual e, mais tarde, federal.

A exposição em jornais e revistas, perseguição dos repórteres e ataque da oposição política, no entanto, gerou uma série de ataques racistas a Michelle Obama, que ficou conhecida como "negra raivosa", já que falava sobre assuntos delicados com muita seriedade.

"Era como se existisse uma versão caricatural de mim que criava o caos, uma mulher sobra a qual sempre ouvia falar mas que não conhecia - uma Godzilla muito alta, muito impetuosa e muito incisiva chamada Michelle Obama. (...) Quantas 'mulheres negras raivosas' ficaram presas na lógica circular dessa expressão?", questiona, na biografia.

Enfrentou a obesidade infantil nos EUA

Seu primeiro grande projeto como primeira-dama foi criar uma horta no jardim da Casa Branca para aproximar as famílias norte-americanas, especialmente as crianças, da alimentação saudável e sem conservantes.

A partir daí, criou iniciativas para incentivar a indústria alimentícia a diminuir a quantidade de açúcar nos alimentos infantis, para reforçar as horas dedicadas aos exercícios físicos nas escolas e desacelerar o consumo de alimentos processados.

Tem grandes amigas na realeza

Logo no primeiro ano do mandato do marido, Michelle conheceu a rainha Elizabeth -- com quem desenvolveu uma amizade e voltou a se encontrar pelo menos outras duas vezes.

Em uma delas, as duas trocaram desabafos sobre como é cansativo permanecer com sapatos de salto e apertados em longos eventos, enquanto seus maridos -- Barack Obama e príncipe Philip -- usavam calçados mais confortáveis.

"Confessei que meus pés doíam. Ela disse que os dela também. Então nos entreolhamos com expressões idênticas, como quem diz: Quando é que vai finalmente acabar essa história de ficar de pé em meio aos líderes mundiais? E, com isso, ela deixou escapar uma risada simplesmente encantadora", narra, em "Becoming".

Imagem: AFP

Em 2018, quando já era ex-primeira-dama, estendeu a amizade com a realeza para Meghan, a duquesa de Sussex, com quem teve um bate-papo secreto em Londres para discutir iniciativa de empoderamento feminino nas duas nações.

Entregou o Oscar de melhor filme 

Michelle foi primeira-dama entre 2009 e 2016, período em que redes sociais como Twitter e o Instagram deram um salto e se tornaram indispensáveis na vida de muita gente. Em seu livro, ela conta como aprendeu a usar as mídias e a cultura pop para promover suas iniciativas.

Em 2013, se tornou a primeira de seu título a participar da cerimônia do Oscar anunciando um vencedor. Foi ela que anunciou a vitória de "Argo" na principal categoria, a de melhor filme, ao lado de personalidades como Jack Nicholson, Ben Affleck, e Jennifer Lawrence.

Imagem: AFP

Aumentou a representatividade na Casa Branca

Durante os oito anos que permaneceram na Casa Branca, os Obama fizeram pequenas mudanças para tornar o local mais moderno e mais representativo em relação às minorias.

No Salão Oval, um busto de Winston Churchill, ex-primeiro-ministro britânico, foi substituído por um do líder da luta pelos direitos civis, Martin Luther King.

Além disso, o casal incorporou ao acervo fixo da Casa Branca a primeira obra de uma artista plástica afro-americana: "Ressurreição", um quadro abstrato em azul em vermelho, de Alma Thomas.

Não quer saber de política

Embora após a saída da família Obama da Casa Branca Michelle tenha sido alvo de muitas especulações políticas, ela encerra "Becoming" garantindo que uma candidatura não está em seus planos.

"Já disse à minha filha que ela deveria concorrer", brincou, falando sobre Sasha, de 17 anos, em entrevista ao "Good Morning America", da ABC.

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