Padre diplomata admite acusações de pornografia infantil
Da ANSA, no Vaticano
22/06/2018 17h22
O padre Carlo Alberto Capella, integrante do alto escalão do corpo diplomático da Igreja Católica, admitiu nesta sexta-feira (22) acusações de pornografia infantil.
O reconhecimento da culpa ocorreu na primeira audiência do processo contra o sacerdote, que está sendo julgado pelo Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano por crimes cometidos durante uma viagem ao Canadá.
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Os delitos ocorreram na época em que Capella era funcionário da Nunciatura Apostólica em Washington, nos Estados Unidos, mas durante uma visita à cidade canadense de Windsor.
O padre admitiu que cometera "atos compulsivos de consulta imprópria na internet", porque estava "em crise" por causa de sua transferência a Washington. "Errei ao subestimar a crise que estava enfrentando", disse ele no julgamento.
Capella é acusado de possuir e divulgar "grandes quantidades" de material de pornografia infantil e chegou a ter sua prisão pedida pelo Canadá, mas o Vaticano preferiu julgá-lo por conta própria. Se condenado, ele pode pegar até cinco anos de prisão e multa de até 50 mil euros.