Cientistas desenvolvem coquetel que pode ajudar no combate ao Alzheimer
Cientistas japoneses descobriram uma combinação de medicamentos que pode ser crucial para o tratamento do Mal de Alzheimer. A pesquisa com células-tronco, divulgada na última terça-feira (21) pela Universidade de Kyoto, diz ter encontrado um coquetel que reduz as Beta-amiloide. A alta produção dessas proteínas no cérebro é tida como um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença.
Para a experiência, publicada no jornal on-line "Cell Reports", o grupo de pesquisadores criou células-tronco pluripotente induzidas (células iPs, na sigla em inglês) de pessoas, incluindo pacientes com Alzheimer, e as cultivou in vitro para replicar tecidos cerebrais doentes.
Depois, os cientistas criaram neurônios derivados dessas células iPS para cinco pacientes com histórico de Alzheimer na família; para quatro sem histórico na família, mas na área de risco considerada "Alzheimer esporádico"; e para quatro perfeitamente saudáveis.
O grupo testou 1.258 drogas nos tecidos e identificou que a combinação mais eficiente para reduzir as proteínas Beta-amiloide foi um coquetel de três medicações existentes: bromocriptina, usada para tratar o Mal de Parkinson; cromoglicato, usada para asma; e topiramato, usada no tratamento de epilepsia. Ao usar as três medicações simultaneamente, o experimento mostrou que a acumulação de Beta-amiloide reduziu em mais de 30%.
No relatório, os pesquisadores explicam que "o coquetel mostrou um efeito significativo e potente e promete ser útil" no desenvolvimento de drogas para tratar a doença.
"Houve um efeito a nível celular, mas ainda não temos certeza de como pode afetar um ser humano", afirmou Haruhisa Inoue, professor da Universidade de Kyoto e membro da equipe, à imprensa japonesa.
Segundo o centro de pesquisas, esta é a primeira vez na história em que uma combinação de medicamentos consegue reduzir as proteínas Beta-amiloide. Alzheimer é o mais comum tipo de demência no planeta. De acordo com a organização internacional que acompanha a doença, ADI, há 46,8 milhões de pessoas com o Mal no mundo. Estima-se que o número cresça para 131,5 milhões até 2050.
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