Arqueólogos encontram esqueleto com "megahair" intacto no Egito
O esqueleto de uma mulher egípcia que viveu há mais 3.300 anos está intrigando cientistas por um detalhe curioso: o penteado extravagante.
A egípcia foi enterrada com um penteado feito com 70 extensões de cabelo -- no melhor estilo "megahair" --, presas em camadas diferentes. O esqueleto foi encontrado em Amarna, cidade construída para ser a nova capital do Egito pelo então faraó Akhenaton, que reinou entre 1353 e 1335 a.C., mas que foi abandonada após sua morte.
A descoberta deixou a arqueóloga Jolanda Bos e sua equipe curiosos em relação aos costumes egípcios da época. Apesar de apresentar cabelos bem conservados, o esqueleto não foi o único a conter detalhes intrincados na cabeleira, como relatado em artigo publicado no Journal of Egyptian Archaeology.
“Um dos nossos principais questionamentos é se a mulher tinha esse estilo de cabelo ou se ele foi feito apenas para o seu enterro”, disse a pesquisadora à Live Science. Ela afirma que o mais provável é que as mulheres usassem esse tipo de extensão capilar em sua vida cotidiana.
A arqueóloga analisou 100 crânios recentemente escavados do cemitério de Amarna. Desse total, 28 ainda tinham cabelo. Jolanda analisou diversos esqueletos e descobriu que um deles tinha extensões feitas de cabelo preto e cinza escuro, sugerindo que várias pessoas doaram seu cabelo para criar o penteado.
Os cientistas perceberam também que as pessoas que viviam na cidade possuíam uma grande variedade de tipos de cabelo. “Eles vão de cabelo preto crespo a marrom liso, o que pode refletir um grau de variação étnica”, afirma a pesquisadora.
Em um dos casos, uma mulher apresentou uma tonalidade laranja sobre o cabelo grisalho, indicando que aparentemente a mulher tingia os fios, possivelmente com hena. “Ainda não estamos completamente certos do tipo de coloração que foi usada no cabelo, mas parece hena em uma avaliação macroscópica”, diz.
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