Malala faz parceria com a Apple para produzir dramas, comédias, documentários
Por Roselle Chen
NOVA YORK (Reuters) - A vencedora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai está expandindo sua parceria com a Apple para produzir dramas, séries infantis, animação e documentários que vão ao ar no serviço de streaming da gigante da tecnologia, ambas anunciaram nesta segunda-feira.
Malala, de 23 anos, e sua nova produtora Extracurricular se juntam à crescente lista de criadores de conteúdo da Apple TV+, incluindo Oprah Winfrey, Steven Spielberg, Will Smith, Octavia Spencer e Jennifer Aniston, disse a fabricante do iPhone em um post em seu site no Dia Internacional da Mulher.
"Espero que, por meio dessa parceria, eu consiga trazer novas vozes a esta plataforma, a este estágio", disse Malala à Reuters em entrevista. "Espero que através de mim, mais jovens e meninas assistam a esses programas, se inspirem."
A Apple produziu um documentário sobre Malala em 2015 e se associou ao seu Fundo Malala em 2018 para promover o ensino médio para meninas em todo o mundo.
Em 2009, aos 12 anos, Malala escreveu em seu blog com um pseudônimo para a BBC sobre viver sob o domínio do Talibã do Paquistão. Em 2012, ela sobreviveu a um tiro na cabeça de um atirador do Talibã por fazer campanha contra as tentativas do regime de negar a educação das mulheres.
Em 2014, ela se tornou a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz aos 17 anos. Em 2018, ela lançou a Assembly, uma publicação digital para meninas e mulheres jovens disponível no Apple News. Ela se formou na Universidade de Oxford em junho.
"Eu acredito em contar histórias porque isso tem feito parte da minha vida, foi a minha história que inspirou tantas pessoas ao redor do mundo a perceber que nem todas as meninas têm acesso à educação", disse.
No 110º aniversário do Dia Internacional da Mulher, Malala disse que as mulheres de todo o mundo deveriam fazer uma pausa para apreciar tudo o que conquistaram.
"Quero que toda menina e mulher tenha orgulho de si mesma, de tudo o que conquistou em sua vida", disse.
(Por Roselle Chen em Nova York, com reportagem adicional de Uday Sampath em Bengaluru)
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