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Receita do 3° tri da Huawei sobe 27% com aumento de vendas de smartphones

16/10/2019 10h15

Por David Kirton e Brenda Goh

SHENZHEN/XANGAI (Reuters) - A receita do terceiro trimestre da Huawei subiu 27%, impulsionada por um aumento nas entregas de smartphones lançados antes que sua inclusão na lista negra comercial dos Estados Unidos prejudicasse seus negócios.

A Huawei, maior fabricante mundial de equipamentos de rede de telecomunicações e segunda maior fabricante de smartphones, foi praticamente proibida pelos Estados Unidos de fazer negócios com empresas norte-americanas, interrompendo significativamente sua capacidade de obter componentes importantes.

A empresa recebeu uma prorrogação até novembro, o que significa que perderá o acesso a algumas tecnologias no próximo mês. Até agora, a Huawei vendeu principalmente smartphones lançados antes da proibição.

Seu mais novo smartphone Mate 30 - que não tem acesso a uma versão licenciada do sistema operacional Android do Google - iniciou as vendas no mês passado.

Em agosto, a Huawei disse que as restrições prejudicarão menos do que se temia inicialmente, mas ainda pode reduzir a receita de sua unidade de smartphones para cerca de 10 bilhões de dólares este ano.

A gigante da tecnologia não detalhou os números do terceiro trimestre, mas disse nesta quarta-feira que a receita nos três primeiros trimestres do ano cresceu 24,4%, para 610,8 bilhões de iuanes.

A receita no trimestre encerrado em 30 de setembro aumentou para 165,29 bilhões de iuanes (23,28 bilhões de dólares), segundo cálculos da Reuters com base em declarações anteriores da Huawei.

"As entregas para o exterior da Huawei se recuperaram rapidamente no terceiro trimestre, embora ainda estejam voltando aos níveis anteriores à proibição dos EUA", disse Nicole Peng, vice-presidente de mobilidade da consultoria Canalys.

"O resultado do terceiro trimestre é realmente impressionante, dada a tremenda pressão que a empresa está enfrentando. Mas vale a pena notar que as entregas fortes foram impulsionadas por dispositivos lançados antes da proibição dos EUA, e as perspectivas de longo prazo ainda são obscuras", acrescentou.

((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))

REUTERS PS PAL