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Sob pressão, CEO da gigante britânica de telefonia BT espera ganhar tempo

14/05/2018 17h40

Por Kate Holton e Simon Jessop

LONDRES (Reuters) - Sob pressão, o presidente-executivo da BT, Gavin Patterson, espera usar o relançamento da estratégia de consumo do grupo nesta semana para comprar ganhar tempo e reconstruir a mais antiga empresa de telecomunicações do mundo e silenciar os investidores que questionam sua liderança.

Patterson se tornou presidente-executivo em 2013 com o objetivo de transformar a BT em um provedor de comunicações moderno, mas após alguns sucessos iniciais foi trazido de volta à realidade pelas questões de regulamentação, pensões e fraudes contábeis que prejudicaram uma empresa central da economia do Reino Unido.

Na semana passada, notícias de que a BT cortaria 13 mil empregos, fecharia sua base em Londres e enfrentaria queda no lucro, em meio a uma briga com o órgão regulador e um fraco desempenho internacional, que levaram à queda do preço da ação.

"Gavin vem com uma experiência de consumo", disse um dos 30 principais acionistas à Reuters sob condição de anonimato.

"Quando você olha para o que a empresa tem que passar nos próximos anos, que é gerenciar o lançamento de uma fibra até as casa, lidar com o regulador, fazer cortes de custos, não está claro para mim se ele é sua melhor escolha para isso. "

Patterson promoveu Marc Allera, para comandar toda a divisão da BT Consumer após a aquisição, buscando impulsionar a startup associada à nova marca digital para a BT, que tinha lutado com uma reputação de serviço ruim.

A compra de 12,5 bilhões de libras (17 bilhões de dólares) terá como ponto central a nova estratégia do consumidor, criada para encorajar os clientes a aceitar vários serviços da BT em um único pacote, incluindo banda larga, telefonia e celular.

A BT já cortou custos negociando melhores condições de fornecimento e cortando empregos e propriedades. Os consumidores agora também devem esperar uma oferta mais compartilhada.

(Por Kate Holton e Simon Jessop)