Drones bombam nos EUA, e Estado estuda lei contra "pilotos" bêbados
As vendas de drones nos Estados Unidos totalizaram pela primeira vez 1 bilhão de dólares em 2017, mas não brinde tão cedo se você estiver no Estado de Nova Jersey, onde os legisladores estão prestes a aprovar uma lei proibindo bêbados de pilotarem os dispositivos.
A Assembleia de Nova Jersey deve votar nos próximos dias um projeto de lei aprovado pelo Senado que impede a operação de drones por pessoas bêbadas ou drogadas, além de proibir voos dos artefatos não tripulados sobre prisões e na busca de animais selvagens.
É basicamente como voar um liquidificador
John Sullivan, 41, diretor de fotografia aérea em Nova York
Ele disse que se opõe à pilotagem sob o efeito do álcool, mas está preocupado com o excesso de regulamentação. "Se eu tivesse tomado alguma bebida, ficaria hesitante em voar mesmo".
Em 2015, um drone que caiu nos jardins da Casa Branca e alimentou debate no Congresso dos EUA sobre a necessidade de regulamentar a pilotagem.
O responsável pelo acidente foi um empregado da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial que estava de folga e bêbado. Ele pilotava um "quadcopter" 60 cm por 60 cm da varanda do apartamento de um amigo e perdeu o controle sobre a área da Casa Branca, de acordo com o New York Times.
Novas estatísticas, que devem ser divulgadas na próxima semana, mostram que 3,1 milhões de drones foram vendidos nos EUA no ano passado, 28% a mais que em 2016, disse Richard Kowalski, gerente da Consumer Technology Association.
"Este foi o primeiro ano em que as receitas com drones atingiram 1 bilhão de dólares", disse Kowalksi em um e-mail.
Nova Jersey está entre pelo menos 38 Estados que consideram restrições aos dispositivos neste ano legislativo, disse Amanda Essex, especialista sênior em políticas para a Conferência Nacional de Legislaturas Estaduais.
"Como qualquer tecnologia, os drones têm a capacidade de ser usados para o bem, mas também oferecem novas oportunidades para pessoas fazerem o mal", disse a legisladora Annette Quijano, de Nova Jersey. Ela apoia a legislação, que impõe uma punição de até seis meses de prisão e uma multa 1 mil dólares para quem pilotar um drone bêbado.
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