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Claro vê alta do consumo de dados móveis após parceria com redes sociais

04/08/2015 15h11

Por Luciana Bruno

SÃO PAULO (Reuters) - A Claro, do grupo América Móvil, teve forte aumento do consumo de dados de Internet móvel após ter retomado as parcerias com as redes sociais Twitter, Whatsapp e Facebook, disse nesta terça-feira o presidente-executivo de mercado pessoal da operadora, Carlos Zenteno.

"Teve um aumento importante do consumo de dados", disse Zenteno referindo-se aos chamados acordos de "zero rating", nos quais operadoras oferecem acesso às redes sociais sem descontar da franquia de dados mensal contratada pelo usuário.

O executivo não quis mensurar o aumento do consumo, nem dar detalhes sobre o período em que ocorreu o crescimento, mas declarou que essa é uma das estratégias da operadora para atrair clientes em um momento de contenção dos gastos dos consumidores.

A parceria da Claro com as redes sociais foi retomada em junho após promoção semelhante ter sido descontinuada em abril, quando a operadora alegou "que os clientes não deveriam ficar limitados a aplicativos específicos".

Esse tipo de acordo é alvo de críticas de alguns especialistas, segundo os quais as parcerias ferem a chamada neutralidade da rede, princípio segundo o qual operadoras de telecomunicações devem oferecer acesso igualitário a todos os sites e aplicativos na Web, de forma a não privilegiar determinadas empresas.

QUARTA GERAÇÃO

Zenteno disse ainda que a ampliação da cobertura de Internet móvel de quarta geração (4G) permanece como prioridade para a Claro. Segundo ele, a cobertura 4G da empresa que já chegou a mais de 120 cidades do país, acima das metas estabelecidas pelo regulador do setor, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

De acordo com o executivo, o uso do 4G poderá ser impulsionado no Brasil com o lançamento de novos aparelhos mais simples adaptados à tecnologia, previstos para serem lançados pela Claro no terceiro trimestre.

"Vão aparecer no mercado alguns lançamentos já no terceiro trimestre de smartphones mais baratos, aparelhos com quatro polegadas de tela", disse Zenteno, completando que os lançamentos virão de marcas como LG, ZTE e Alcatel, e terão preço médio de 100 dólares.

De acordo com dados da Anatel compilados pela consultoria Teleco, o Brasil tinha 11,8 milhões de acessos 4G em maio, uma base ainda pequena frente aos 161,9 milhões de acessos 3G do mesmo mês.