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Não caia nessa: golpe do falso pagamento é o mais comum em compra online

Golpe do falso pagamento faz pessoa entregar produto antes de checar se dinheiro entrou na conta; comprovante de depósito geralmente é feito para enganar pessoa Imagem: Getty Images

De Tilt, em São Paulo

08/02/2024 04h00

Você vende algo pela internet, recebe o comprovante de depósito e já entrega o item. Certo, né? Errado. É assim que rola o golpe do falso pagamento, o problema mais comum em transações online, segundo um levantamento feito pela plataforma OLX e divulgado nesta quarta-feira (7).

O que aconteceu

O golpe do falso pagamento foi o mais comum nas transações online no ano de 2023. Ele representa 30,5% dos golpes em plataformas de venda entre consumidores. Na sequência, vêm invasão da conta (25,6%) e coleta de dados (17,8%).

Brasileiros tomaram um prejuízo estimado de R$ 1,1 bilhão no ano passado em golpes digitais ligados a compras online. Houve um crescimento de 12%, na comparação com o ano de 2022, diz a pesquisa.

O motivo tem a ver com o uso de engenharia social por criminosos, diz a OLX. Isso envolve enganar uma vítima e induzir que se comporte de determinada forma, além da falta de educação digital.

O levantamento foi feito por meio de registros de golpe de usuários em plataformas de e-commerce, apps, contas digitais e da OLX. O estudo conseguiu estimar o valor e estabelecer um ranking das principais fraudes.

A pesquisa ainda apontou os estados de São Paulo (45%), Rio (11%) e Minas Gerais (8%) como os campeões em registros. Veículos (25%), celulares e smartphones (22%) e videogames (13%) são as categorias de itens mais usadas nos golpes

Como funcionam esses golpes e como se prevenir

Falso pagamento: o caso mais comum é o fraudador criar um comprovante falso de depósito. Ele envia para o vendedor, com a desculpa de que o dinheiro vai cair em breve.

É basicamente uma variação do golpe do envelope. Uma golpista faz um depósito num caixa eletrônico com um envelope vazio. Ele consegue obter um comprovante e envia para a pessoa com quem está negociando. Com isso, ele obtém o produto, enquanto a vítima fica a ver navios e sem o dinheiro. É comum também que o fraudador encerre as comunicações.

Outra variação é a pessoa receber um boleto falso no email de um produto a um preço muito menor que o comum. Após pagar, a vítima simplesmente não recebe nenhum tipo de produto.

Como evitar:

  • em casos de transações, só entregue o produto após ter certeza que o dinheiro está em sua conta corrente ou conta digital;
  • mantenha contato por chats oficiais das plataformas e evite negociar em apps de mensagem convencionais;
  • desconfie de e-mails que simulem comunicações oficiais das plataformas e repare no domínio do e-mail; se precisar checar status da operação, prefira fazê-lo acessando o site.

Invasão da conta: o golpista tenta entrar em contas das pessoas usando login e senha de bases de dados vazadas. Como as pessoas costumam variar pouco senhas, ele consegue acesso e realizar compras ou publica anúncios falsos de produtos. O fraudador aqui fica com o dinheiro recebido nas transações.

Como evitar

  • não repita senhas e tente criar opções fortes;
  • de tempos em tempos, é recomendável trocar sua senha.

Roubo de dados: fraudadores roubam dados das vítimas para golpes futuros. Ele usa engenharia social, vulnerabilidade de sistemas e se vale da utilização recorrente de senhas fracas.

Como evitar

  • Evite ceder dados pessoais (como CPF, email e dados bancários) para terceiros;
  • Desconfie de vagas de emprego que não sejam de recrutadores ou empresas;
  • Use sempre o chat da plataforma, que conta com proteção à privacidade.

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