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Procurando emprego? 3 dicas para ser visto pelo mercado com ajuda da web

Imagem: Lovatto/Arte UOL

Rosália Vasconcelos

Colaboração para Tilt, do Recife

29/11/2022 04h00

A internet se tornou um verdadeiro marketplace para o mundo corporativo. É através das plataformas digitais que profissionais divulgam capacidades técnicas e soft skills (habilidades socioemocionais que cada indivíduo possui). Para quem busca uma recolocação, quer mudar de área ou dar um upgrade na carreira, a dica é literalmente saber se vender bem na internet.

Tilt conversou com especialistas para saber o que é preciso fazer para se destacar num universo repleto de possibilidades (e de concorrência). De cara, vale dizer que o currículo atualizado, uma boa foto e cuidados com a gramática e a ortografia são pré-requisitos mínimos dentro desse processo. Confira a seguir outras estratégias para tornar seu currículo e conhecimento mais atrativos e aumentar suas chances.

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1. Defina o que você quer e deixe isso claro

O perfil nas redes sociais, principalmente nas corporativas (como LinkedIn) e nas plataformas de vagas (como Catho, InfoJobs, Vagas, entre outros), é o cartão de visita dos profissionais. Quanto mais generalista você é, menos os recrutadores vão saber antecipadamente sobre você.

"Muitas pessoas divulgam que são especialistas em áreas muito abrangentes. Por exemplo: marketing, vendas e atendimento. Isso acaba confundindo o recrutador e passa a ideia de que a pessoa não sabe o que quer para a própria carreira", afirma o diretor-executivo da startup de Educação e Consultorias CS Academy, Diego Azevedo.

As dicas que o executivo dá são:

  • ter um objetivo claro, pois quem busca tudo não busca nada;
  • focar na sua principal habilidade e no que sonha como o emprego ideal;
  • destacar as experiências que condizem com seus objetivos;
  • criar um portfólio online com seus projetos mais relevantes;
  • evidenciar palavras-chaves com as oportunidades que procura;
  • aumentar o número de conexões estratégicas (como ampliando contatos no LinkedIn, por exemplo).

Outra orientação é não esquecer de compartilhar suas soft skills. Elas não devem ser colocadas em segundo plano, embora muitas pessoas tenham dificuldade em defini-las.

Para isso, o diretor de novos negócios do Grow Consulting, Felipe Mançano, indica fazer cursos e testes de habilidades. Eles estão disponíveis, a maioria gratuitos, em plataformas de vagas e até no LinkedIn.

"Muitas empresas hoje levam em consideração os perfis profissionais que dão match cultural com elas", afirma Mançano.

Segundo os especialistas, as plataformas usam algoritmos para ranquear os candidatos a partir das palavras-chaves que eles utilizam em seus perfis, de acordo com a descrição de cada vaga.

2. Seja ativo, engajado e responsivo

Existe uma máxima que diz: "quem não é visto, não é lembrado". Logo, não adianta ter um perfil perfeito, se não o movimenta, destacam os entrevistados. Algumas dicas são:

  • Crie conteúdo de qualidade, faça posts que possam ajudar você em seu objetivo
  • Conecte-se com profissionais que comungam dos mesmos objetivos. É possível fazer isso em qualquer rede social, mas o LinkedIn possui uma ferramenta específica para criar e participar de grupos de interesse comum.
  • Comente nas redes de outros profissionais ligados com sua área de atuação
  • Se for o caso, organize lives interessantes relacionados à sua área específica. Isso pode ser um recurso extra.

É expondo suas ideias que você compartilha suas visões e valores, para além de suas competências técnicas.

"Os membros tendem a ajudar uns aos outros, fortalecendo o networking e criando um elo de confiança entre as pessoas da mesma área", conta Diego Azevedo.

Lanna Reis, diretora de Cultura e Pessoas na Creative Pack, lembra também que as comunidades orgânicas, criadas em aplicativos de mensagem instantânea, são excelentes espaços para se manter ativo e engajado.

"Essas comunidades promovem eventos e discussões, dando visibilidade àqueles que são participativos. É um ambiente de troca de experiências e oportunidades, mas as conexões precisam ser genuínas", defende Lanna.

Não misturar perfil pessoal e profissional também é uma dica dada pelos especialistas.

"Precisamos ter cuidado com o conteúdo compartilhado, especialmente fotos e vídeos. Respeitar normas e proposta dos grupos, assim como os direitos das pessoas. Você não é obrigado a concordar com tudo o que lê, mas precisa respeitar", alerta Alexandra Pontes, psicóloga e consultora em gestão de pessoas.

3. Não espere uma oportunidade cair em seu colo

Outra dica valiosa dada por especialistas em Recursos Humanos é fazer busca proativa das vagas e das empresas, sem esperar a oportunidade surgir.

"As pessoas precisam sair da postura de esperar a empresa contactar para participar do processo. É preciso prospectar, identificando pessoas e abordando de maneira educada e objetiva. Provoque o mercado", orienta Mançano. Respeitando, claro, a privacidade dos recrutadores.

Evite ficar enviando várias mensagens para as pessoas, completa.

"Mande uma mensagem para o recrutador dizendo o quão interessado você está, comente sobre algumas coisas que você poderia agregar à empresa e que está disposto a ajudar. Tente fazer isso de forma genuína, sem passar arrogância", alerta o CEO da CS Academy.

Conversar com pessoas que trabalham na empresa ou na área de seu interesse também pode ajudar.

Já se você estar interessado em trabalhar numa empresa localizada em outro país e quer ganhar em dólar, a dica é manter o currículo em inglês e se cadastrar em plataformas como o Workana, Indeed e LinkedIn.

"O próprio Google é uma ferramenta incrível. Você pesquisa pelas oportunidades de seu interesse no buscador e utiliza filtro para o país que tem interesse", afirma Alexandra Torres.

Mas lembre-se: mais de 80% dessas oportunidades exigem que o profissional tenha um nível avançado ou fluente na língua inglesa. Comece, então, publicando posts em inglês.

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