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ConecteSUS volta a funcionar; veja como emitir comprovante de vacina

App ConecteSUS, que exibe certificado de vacinação para cidadãos brasileiros Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Letícia Naísa*

De Tilt, em São Paulo

27/12/2021 11h17

Depois de sofrer um ataque cibernético, o Ministério da Saúde liberou uma atualização do aplicativo ConecteSUS, que reúne dados de saúde da população brasileira e permite a emissão do comprovante de vacinação contra covid-19. O app está disponível para Android e iOS.

O ConecteSUS ficou fora do ar por 13 dias depois do ataque hacker e se manteve instável desde o dia 23, quando voltou a funcionar. Na manhã desta segunda-feira (27), a reportagem de Tilt tentou usar a ferramenta e conseguiu acessar o serviço, inclusive o comprovante de vacina.

Como fazer o cadastro no Conecte SUS:

1. Abra o app e toque em "Pular" a introdução.

Imagem: Reprodução

2. Toque em "Entrar".

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3. Caso não lembre se tem um cadastro, digite o CPF. Caso não tenha, toque em "Crie sua conta".

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4. Toque em "Número do CPF". Você pode escolher outras opções também.

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5. Siga os passos seguintes.
Na página inicial, você encontrará informações sobre as vacinas em cada idade, seus agendamentos nos SUS, medicamentos recebidos pelo SUS, entre outras opções.

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Para encontrar a sua carteira de vacinação:

1. Entre na aba "Histórico".

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2. Acesse a opção "Vacinas".

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Ataque hacker

No dia 10 de dezembro, o site do Ministério da Saúde amanheceu com um "defacement" (espécie de pichação virtual): um grupo deixou uma mensagem dizendo que tinha apagado dados e exigindo um pagamento para devolver o sistema.

Após o acesso ilegal, a rede de internet do ministério foi desligada. Os atacantes conseguiram ter acessar o serviço de nuvem usado pela pasta, o AWS (da Amazon), e conseguiram apagar e alterar dados da plataforma do ConecteSUS, segundo informou Tales Faria, colunista e chefe da sucursal de Brasília do UOL.

Posteriormente, a pasta informou que tinha cópia de segurança e que os arquivos não foram comprometidos. A PF (Polícia Federal) descartou que os dados tivessem sido sequestrados, pois não foram criptografados.

Como medida emergencial, o governo migrou dados do site https://saude.gov.br para a página https://gov.br/saude, que passou a ser página oficial da pasta.

Além do ministério, os cibercriminosos conseguiram acesso a outros 20 órgãos do governo, como CGU (Controladoria-Geral da União), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e IFPR (Instituto Federal do Paraná).

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) emitiu um alerta informando que "alguns casos de intrusão têm ocorrido com perfis legítimos" — o que dá a entender que terceiros obtiveram login e senha de servidores públicos.

Na madrugada de domingo para segunda (13), houve um segundo ataque à rede do Ministério, que foi frustrado. Mas, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a investida "tumultuou" o restabelecimento das funcionalidades do ConecteSUS.

"São duas coisas diferentes", disse Queiroga em entrevista. "Esse [segundo ataque] foi algo de menor monta e estamos trabalhando para recuperar isso o mais rápido possível."

Ele não deu detalhes sobre o que ocorreu.

No sábado (18), o MPF (Ministério Público Federal) elaborou um ofício a Queiroga pedindo mais informações sobre o ataque hacker ao ConecteSUS. O pedido foi enviado à PGR (Procuradoria Geral da República) e deve ser encaminhado ao ministro. Queiroga terá 10 dias úteis após o recebimento para prestar informações.

"Considerando que recentemente foi reportado novo episódio de ataque externo ('hacker') ao aplicativo ConecteSUS desse Ministério da Saúde (...) e considerando o risco de dano que ele encerra para os titulares dos dados pessoais sensíveis ali armazenados, solicito a Vossa Excelência [Queiroga] que preste informações pormenorizadas sobre o assunto", diz um trecho do ofício, assinado pela procuradora da República Luciana Loureiro.

No dia 23, o ConecteSUS voltou a funcionar, mas com instabilidade.

*Com texto de Guilherme Tagiaroli, Nicole D'Almeida e reportagem do UOL

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