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'Prejuízo foi de R$ 6.000': comerciante perde 30 vendas sem WhatsApp

Bruna Souza Cruz e Renata Baptista

De Tilt, em São Paulo

04/10/2021 18h24

Com a queda global de WhatsApp, Facebook e Instagram nesta segunda-feira (4), muitas pessoas que dependem dos aplicativos para vender seus produtos e serviços sofreram prejuízos. Ruth Pereira trabalha no ramo de alimentação, vendendo kits detox —com bebidas e refeições congeladas— em São Paulo, e conta que o prejuízo foi enorme.

"Só hoje deixei de fazer 30 vendas que já estavam encaminhadas. Menos cerca de R$ 6.000 no faturamento", disse, explicando que as vendas perdidas equivalem a cerca de metade dos pedidos que são feitos todos os dias.

Ela promove seus produtos em seu perfil do Instagram, que conta com mais de 18 mil seguidores. As vendas são sempre fechadas pelo WhatsApp.

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Enquanto o problema com as plataformas não era resolvido, ela trabalhou atendendo ligações do telefone mesmo. "Cliente fiel não deixa de pedir", afirma.

Carlos Henrique dos Santos é o responsável pela parte financeira de uma loja de roupas, em São Paulo, cujo perfil no Instagram possui mais de 95 mil seguidores.

"O Instagram puxa muito nossas vendas, que são finalizadas no WhatsApp ou pelo site. Em um dia normal, já teríamos recebido ao menos uns sete pedidos, mas não vendemos nada", disse. "Estamos reféns da tecnologia", lamentou.

Serviços afetados

A terapeuta familiar e de casal Maria Goreti da Silva da Cruz também teve seu trabalho prejudicado hoje. Com a falha no WhatsApp, ela não conseguiu realizar uma sessão marcada para as 14h.

"Antes do horário eu já tinha notado dificuldade para usar o WhatsApp. Eu esperei até 14h10, mas ele continuava sem funcionar. Tentei contato com a pessoa de diferentes formas, mas não consegui", explicou. "Até que ela conseguiu me ligar e relatou dificuldades para usar o aplicativo. Ela falou que estava tentando, mas não conseguia falar com a filha dela e com ninguém", acrescentou.

O contato com um cliente que mora na Inglaterra também foi prejudicado. A terapeuta disse que não conseguiu dar retorno a algumas dúvidas que ele havia enviado mais cedo.

Uma outra dificuldade enfrentada pela terapeuta hoje tem relação com um exame previsto para ser realizado nesta sexta-feira. O processo exige preparo antecipado. Mais cedo, ela disse que enviou uma mensagem ao laboratório pedindo orientações. Porém, ela ainda não conseguiu confirmar se poderá fazê-lo por conta de medicações que toma.

A educadora física Denise Rocha, que trabalha em uma rede de academias em São Paulo, também relatou dificuldades para manter as rotinas do seu trabalho. Ela diz não ter sido tão impactada, mas a falha no serviço de mensagens impediu que ela e sua equipe pudessem alinhar atividades ao longo da tarde e da noite, como fazem todos os dias pelo WhatsApp.

"A minha comunicação com os alunos também foi afetada. Hoje não teve nada urgente, mas o WhatsApp é o meio que uso para dar recados [e eventuais orientações] sobre as aulas", disse.

Alguns usaram o Twitter para lamentar os prejuízos e para divulgar alternativas às plataformas que estão fora do ar. Confira abaixo:

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