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Empresa de reconhecimento facial hackeada tem governo dos EUA como cliente

Ticketmaster usará tecnologia de reconhecimento facial em shows Imagem: Reprodução/Fight for the Future

De Tilt, em São Paulo

27/02/2020 19h38

O governo dos Estados Unidos e grandes empresas como Walmart e até mesmo a NBA são alguns dos principais clientes da startup Clearview AI, que tem um software de reconhecimento facial. Na quarta-feira (26), correu a notícia de que a empresa foi hackeada.

De acordo com uma investigação do Buzzfeed News, a empresa possui contratos com a Agência de Imigração e a Alfândega dos EUA (ICE), a Procuradoria de Nova York e a loja Macy's.

Além disso, segundo os documentos conseguidos pelo site, funcionários do FBI, da Agência de Alfândega e Patrulha da Fronteira (CBP), da Interpol e de centenas de polícia locais também possuem credenciais para utilizar o banco de dados da startup.

O software da Clearview possui o mais completo banco de dados com mais de 3 bilhões de fotos extraídas do Facebook, Instagram, YouTube e outros sites. Atualmente, a Clearview AI está sendo processada pelo Facebook, Google e Twitter.

A Clearview AI é uma empresa nova, fundada há apenas três anos. A startup é dirigida por Hoan Ton-That.

Segundo o Buzzfeed, apesar de concentrar suas atividades nos Estados Unidos e no Canadá, a startup já se prepara para negociar com governos da Europa, América do Sul, Ásia-Pacífico e Oriente Médio e também com empresas dos ramos de esportes, varejo e bancos.

Os EUA não têm uma lei federal que regulamente o uso de ferramentas de reconhecimento facial. Diversas pesquisas mostram que esses aplicativos podem falhar e confundir pessoas.

Na quarta, a empresa afirmou que uma pessoa teve "acesso não autorizado" ao seu banco de dados com bilhões de imagens de pessoas em todo o mundo.

A explicação não convenceu alguns congressistas norte-americanos que cobram uma maior regulamentação nessa área.

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