Após protestos e morte de jovem, Instagram proíbe automutilação e suicídio
De Tilt, em São Paulo
28/10/2019 20h01
O Instagram deve proibir a reprodução de imagens, como desenhos, memes e charges de filmes ou quadrinhos, relacionadas a automutilação ou suicídio. As novas medidas foram anunciadas por Adam Mosseri, chefão da rede social.
"Nada é mais importante para mim do que a segurança das pessoas que usam o Instagram, principalmente as mais vulneráveis. Suicídio e automutilação são tópicos difíceis e complexos com os quais as pessoas se preocupam profundamente", escreveu ele.
Os esforços do Instagram acontecem depois de protestos públicos pela morte da adolescente britânica Molly Russell. Segundo a agência de notícias BBC, a jovem de 14 anos se matou em 2017, depois de visualizar o conteúdo gráfico na plataforma.
O pai de Molly descreveu o compromisso do aplicativo de propriedade do Facebook como "sincero", mas disse que os gerentes precisam agir com mais rapidez.
Mosseri disse que a rede social tem intensificado a vigilância por conteúdo inadequado desde fevereiro.
"No início deste ano, reforçamos nossa abordagem sobre conteúdo relacionado a suicídio e danos pessoais (...) Nos três meses seguintes à mudança de política, removemos, reduzimos a visibilidade ou adicionamos telas de sensibilidade a mais de 834.000 partes de conteúdo. Conseguimos encontrar mais de 77% desse conteúdo antes de nos ser relatado", afirmou o executivo.