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Por que o FBI pediu para roteadores serem reiniciados?

Malware sofisticado afeta mais de 500 mil roteadores no mundo - Reprodução/PopularMechanics
Malware sofisticado afeta mais de 500 mil roteadores no mundo Imagem: Reprodução/PopularMechanics

Gabriel Francisco Ribeiro

Do UOL, em São Paulo

31/05/2018 14h28

O FBI fez nesta semana uma recomendação urgente para todos os usuários de roteadores: resetem seus dispositivos. Mas por que você deveria se importar com isso?

Simples: o alerta da autoridade federal norte-americana tem a ver com um malware que, segundo estudos preliminares, afeta mais de 500 mil roteadores no mundo, em 54 países diferentes. A pesquisa foi feita pela Talos Inteligence  Group, que faz parte da rede de infraestrutura da Cisco.

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O ciberataque é preocupante por poder causar efeitos devastadores. Ele, pode, por exemplo, derrubar a internet do roteador e deixar centenas de milhares de pessoas sem conexão no mundo. Além disso, coleta informações sobre os usuários, como senhas utilizadas na internet.

O malware tem o nome VPNFilter e pode atingir a infraestrutura de rede de modems das marcas Linksys, MikroTik, Netgear e TP-Link em espaços pequenos e ambientes domésticos e em redes equipadas com dispositivos QNAP.

Agora, o FBI entrou na jogada e disse que o malware sofisticado tem ligação com a Rússia – o estudo da Talos já apontava a probabilidade grande de um Estado ter patrocinado o ciberataque em escala mundial.

A recomendação dos federais norte-americanos é: desligue o roteador e depois ligue de novo. Para muitos brasileiros, isso até já deve ser rotina por causa de wi-fi instável, né? Anteriormente, a Talos havia pedido para usuários resetarem os roteadores para os padrões de fábrica.

O pedido do FBI vale para quem tem roteadores em pequenos negócios e em casas. Reiniciar o dispositivo ajudará a temporariamente parar a ação do malware, se ele estiver presente. Há ainda o conselho para que o roteador seja atualizado e que a senha seja trocada - ele costuma afetar aparelhos mais antigos.

Não há a informação precisa de quais países foram afetados, mas algumas das marcas citadas são bastante famosas no Brasil. A Talos afirma que vem trabalhando nos últimos meses com investigações sobre o caso envolvendo autoridades no setor público e privado.

O vírus pode afetar roteadores sem proteção contra intrusões e que não tenham outras proteções como antivírus. A companhia diz ainda não ter certeza sobre qual falha foi aproveitada para espalhar o malware, que vem aumentando sua disseminação desde 2016.