Libertadores: Por que times brasileiros têm jogadores genéricos no FIFA 20?
Tiago Alcantara
Colaboração para o START
24/03/2020 12h00
O juiz apita. Acabou o jogo. Seu time é campeão da Libertadores - pelo menos no FIFA 20. Você olha para a comemoração do craque do time, o ponta Cadete e exclama: "o que raios está acontecendo"? O START já listou algumas das bizarrices presentes da DLC do game que traz a competição sul-americana. Agora, vamos explicar porque você não pode curtir com os elencos reais do seu time no simulador de futebol.
A atualização do game da EA traz os formatos originais de disputa de três competições organizadas pela Conmebol: Libertadores, Copa Sul-Americana e Recopa. Os torneios estarão disponíveis tanto o Modo Carreira quando no modo Jogo Rápido de FIFA 20, de forma gratuita.
Com o lançamento da atualização gratuita, o game trouxe os 28 times que se classificaram diretamente para as fases de grupos da Libertadores de 2020 e mais quatro times sorteados aleatoriamente das ligas do continente sul-americano. Aqui surge a primeira situação esquisita, com o Botafogo sendo elencado no campeonato, mesmo sem ter se classificado. Os desenvolvedores prometem acrescentar no game, posteriormente, as equipes que realmente entraram para a fase de grupo nos gramados reais.
Passado esse susto inicial, os jogadores percebem que podem jogar com os uniformes e escudos dos times brasileiros que estão no torneio, mas com nomes e aparência genéricas. Esses times, como Palmeiras, Flamengo e Grêmio estão com atletas totalmente bizarros. Essa combinação estará disponível no modo de torneio, Modo Carreira e Jogo Rápido. Vale lembrar que não foi dessa vez que veremos Dudu, Gabigol, Cebolinha e outros no modo FIFA Ultimate Team.
E por que isso acontece?
Basicamente, o problema é o formato de licenciamento desses times que acaba sempre ficando meio capenga em comparação ao que acontece na Europa e em outras ligas. Por aqui, as desenvolvedores de games precisam negociar com os órgãos regionais, como a Conmebol, com as federações nacionais, com os times e - por vezes - com associações que representam os jogadores. Dá para entender a razão para ser tão complicado ter um game com todos os times licenciados, não é mesmo?
Além disso, a EA ainda tem que disputar no "tapa" (metaforicamente) os clubes com a Konami. Para ambas as desenvolvedoras ter a licença de uso exclusivo de um time ou torneio em FIFA ou em "eFootball PES" acaba se tornando um baita diferencial para conquistar um determinado mercado, como é o caso do brasileiro.
O problema é que, por vezes, essa situação cria versões genéricas dos times e de seus atletas o que não só prejudica a fidelidade dos simuladores como afasta o público de seus torcedores - que ficam apenas sonhando em ter os craques brasileiros no modo Ultimate Team, por exemplo.
O que é isso, hermanos?
No entanto, se engana quem acha que todos os jogadores presentes na competição tem nomes e rostos genéricos. Acontece que, como parte da atualização, a empresa conseguiu licenciar 76 novos visuais autênticos de jogadores em vários clubes do continente.
No entanto, se engana quem acha que todos os jogadores presentes na competição tem nomes e rostos genéricos. Acontece que, como parte da atualização, a empresa conseguiu licenciar 76 novos visuais autênticos de jogadores em vários clubes do continente.
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