Harry era "alvo principal" de escutas, diz advogado do príncipe em tribunal
Por Sam Tobin
LONDRES (Reuters) - O príncipe Harry era um "alvo principal" da imprensa de tabloides e deve ter sido vítima de escutas telefônicas, disse seu advogado na Alta Corte de Londres, nesta quarta-feira, quando o julgamento do processo da realeza britânica contra uma editora de jornal se aproxima do fim.
O príncipe e cerca de 100 outros estão processando o Mirror Group Newspapers (MGN), editora de Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People, por alegações de invasão de telefones e coleta ilegal de informações entre 1991 e 2011.
Eles afirmam que editores seniores e executivos da MGN sabiam e aprovaram o delito. O MGN, de propriedade da Reach, está lutando contra o processo e diz que não há provas para as acusações.
O advogado dos reclamantes David Sherborne disse ao tribunal nesta quarta-feira que o caso contra MGN é "inferencial", enfatizando que o hacking de telefone e outras coletas ilegais de informações eram uma prática secreta.
Mas, ele acrescentou, o tribunal pode concluir que Harry foi vítima de escutas telefônicas por causa da prevalência da prática nos jornais da MGN e do nível de interesse da imprensa no príncipe.
"Os jornais o consideravam um alvo principal, talvez um dos alvos mais importantes, no sentido de histórias da realeza impulsionarem as vendas de jornais", disse Sherborne.
O MGN admitiu anteriormente que seus títulos estavam envolvidos na coleta ilegal de informações e fez acordos em mais de 600 alegações, mas diz que não há evidências de que o telefone de Harry tenha sido hackeado.
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