Kayky Brito: Motorista estava abaixo da velocidade máxima permitida

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu que Diones Coelho da Silva, 41, motorista envolvido no atropelamento de Kayky Brito em 2 de setembro, dirigia abaixo da velocidade máxima permitida no trecho da avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.

Splash teve acesso ao inquérito policial que aponta que Diones trafegava a uma média de 48 km/h (em constante desaceleração) quando atropelou o ator de 34 anos. A velocidade permitida na via é de 70 km/h. A conclusão do inquérito foi apresentada nesta quarta-feira (27) no 16º DP (Barra da Tijuca).

Ainda segundo o relatório, não pode ser imputado qualquer fato criminoso ao motorista. Diones dirigia em velocidade abaixo do limite da via, sem apresentar alteração na capacidade psicomotora pelo consumo de álcool (embriaguez ao volante) ou qualquer outra substância de efeito análogo e com a atenção devida na direção do veículo. Finaliza que o motorista ainda realizou ações para evitar a colisão, apesar de não ter tempo de reação na frenagem.

No mesmo dia do acidente, o motorista de aplicativo Diones Coelho da Silva prestou depoimento e realizou exames para detectar se havia ingerido bebida alcoólica, substância tóxica ou entorpecente no organismo no IML (Instituto Médico-Legal). O resultado foi negativo.

A investigação do caso foi conduzida pelo delegado Angelo José Lages Machado, que solicitará o arquivamento do caso e encaminhar o inquérito ao Ministério Público.

Laudo da perícia criminal ainda aponta que com o uso de material audiovisual foi possível determinar a velocidade que o automóvel trafegava pela avenida Lúcio Costa. O trecho inicial das imagens periciadas, mostram uma velocidade média de 57 km/h, nos primeiros 9,5 metros percorridos pelo motorista antes do acidente. O trecho final, até o momento da colisão, aponta a velocidade média de 48 km/h. A diminuição das velocidades médias, durante o trajeto, confirma a desaceleração do veículo, ou seja, o motorista tentou de todas as formas evitar o acidente.

Em um determinado momento do laudo, os peritos Cinthia Sales Malta e Alan de Oliveira Reis foram questionados se era possível o motorista de aplicativo ter evitado o atropelamento. Os especialistas afirmaram que a "a distância que o veículo se encontrava do pedestre, no instante da travessia, mesmo com velocidade abaixo da máxima permitida de 70 km/h, era insuficiente para que o condutor percebesse, reagisse ou parasse o veículo a fim de não ocorrer impacto entre os dois".

Motorista diz que quer 'abraçar' Kayky

Em conversou com Splash, ao descobrir pela reportagem, que não teve culpa no atropelamento, ele desabafou emocionado: "Acordei hoje com a melhor notícia do dia. Agora é tocar minha vida pra frente, encontrar com o Kayky e poder dar um abraço bem apertado nele".

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Sempre soube da minha inocência. Eu nunca andei acima da velocidade, tenho consciência disso. Que bom que tudo tá resolvido. Graças a Deus o Kayky também já tá bem e falando

O acidente:

Kayky Brito sofreu politraumatismo e traumatismo cranioencefálico após ser atropelado na altura do posto 6 da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada do dia 2 de setembro.

Ele estava em um quiosque na orla acompanhado de Bruno de Luca, quando atravessou a rua para buscar algo em um carro. Na volta, foi atropelado por um carro de aplicativo que levava uma passageira e a filha.

Kayky recebeu alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no dia 22 de setembro, segundo informou o Hospital Copa D'Or. "O paciente Kayky Fernandes Brito recebeu alta da unidade de terapia intensiva. Ele está consciente, conversando com os familiares e cooperando no processo de reabilitação ortopédica", diz o boletim médico.

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