Conteúdo publicado há 8 meses

Nora de Faustão diz que filha é feliz após ser transplantada: 'Guerreira'

Após João Guilherme Silva, filho de Fausto Silva, revelar que sua enteada, Anne-Marie, foi submetida a um transplante do coração, a mãe da adolescente, Schynaider Moura, disse que sua filha é feliz após ter sido transplantada — o apresentador Faustão também recebeu neste domingo (27) um novo coração, após mais de 20 dias internado.

Por meio dos stories de seu perfil no Instagram, Schynaider postou uma foto da filha e enalteceu a coragem de Anne. "Minha guerreira, hoje feliz da vida depois do transplante de coração", escreveu.

Anne-Marie teve que ser submetida a um transplante cardíaco em 2022. A jovem havia recebido o diagnóstico de miocardiopatia dilatada, uma patologia em que o coração começa a se expandir e vai perdendo as funções lentamente.

Em meio à internação de Faustão, o filho do apresentador compartilhou um relato sobre o transplante de sua enteada. João Guilherme disse que foi uma "coincidência" que Anne, assim como seu pai, tenha precisado receber um novo coração.

No Instagram do padrasto, Anne explicou que o transplante mudou a vida dela. "Um pouquinho mais de um ano atrás eu tive meu transplante de coração e recebi meu órgão. Isso, sinceramente, mudou a minha vida e desde então eu me sinto muito, muito bem. E ganhei uma nova chance de realizar meus sonhos."

"E tudo isso porque uma família escolheu falar sim. Foi um processo difícil, bem emocionante para mim e a minha família. A espera. O tempo que passei no hospital esperando para chegar o órgão perfeito. E graças a Deus chegou. E sinceramente mudou a vida de todo mundo ao meu redor", concluiu, enaltecendo a doação de órgãos.

Anne-Marie é filha de Schynaider Moura, namorada de João Guilherme Silva
Anne-Marie é filha de Schynaider Moura, namorada de João Guilherme Silva Imagem: Reprodução

Faustão transplantado

Internado desde 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Fausto Silva fez cirurgia para receber o novo coração em 27 de agosto. O apresentador estava em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração, o que lhe colocou na lista de prioridades.

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"O procedimento foi realizado com sucesso e Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição", Hospital Albert Einstein.

Segundo o Einstein, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo contatou o hospital na madrugada deste domingo para informar sobre o coração para ser transplantado no apresentador. Após a avaliação de compatibilidade do órgão, a cirurgia foi realizada e durou cerca de 2h30.

Procurados, Luciana, que é mulher de Faustão e, João Guilherme, filho do apresentador, afirmam que não vão se pronunciar neste momento.

A reportagem questionou o Hospital Albert Einstein sobre a cidade e estado de onde veio o órgão e também se há riscos após a cirurgia. O hospital afirmou que, por enquanto, só poderia informar o que fora divulgado no boletim médico. O hospital afirmou ainda que não tinha outras informações a passar após ser questionado que o doador de Faustão teria sido um homem de 35 anos.

Após a cirurgia, o Ministério da Saúde explicou que Faustão era um paciente prioritário para transplante devido à gravidade do caso. Segundo a pasta, entre os dias 19 e 26 de agosto 11 pessoas passaram por transplantes de coração no país, sendo que sete foram em São Paulo, Estado que concentra o maior número de transplantes no Brasil.

O Ministério da Saúde também afirmou que a lista de espera para transplantes é a mesma tanto na rede pública quanto na privada. A ordem de preferência obedece a critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.

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Como funciona a doação?

No Brasil, a doação de coração depende exclusivamente da autorização dos familiares de uma pessoa com morte encefálica. A morte encefálica é definida como "morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas", ou seja, é permanente, é irreversível, segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).

Uma das dificuldades para o transplante do coração está justamente na decisão da família do doador. O índice de rejeição à doação de órgãos no país é historicamente alto: 43%, segundo o Ministério da Saúde.

Um único doador morto pode salvar mais de oito vidas. É possível doar coração, pulmão, fígado, os rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas.

Exames obrigatórios. Uma vez autorizada a doação, é realizada uma coleta de sangue para a análise da presença de anticorpos do HIV, hepatite B e C, HTLV, sífilis, doença de Chagas, citomegalovírus e toxoplasmose. Depois das avaliações, o doador é encaminhado para a cirurgia de retirada de órgãos.

Entenda mais sobre os critérios para doação de órgãos

Para o transplante ocorrer, o médico precisa cadastrar o paciente na lista única, que é totalmente controlada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Além disso, os dados inseridos na fila não identificam quem são os pacientes de meio particular ou da rede pública.

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Mais de 90% das cirurgias são feitas pelo SUS, mas pacientes que quiserem podem realizar o procedimento na rede particular, com seu médico de preferência. Independentemente da escolha, a captação do órgão continua sendo feita pela rede pública.

"A fila de transplante é uma fila comum, independentemente se o paciente entrou nela pelo SUS ou pelo convênio. Há critérios bem definidos para determinar quando chegará a vez do paciente. O critério-base é o tempo de fila. Porém, há algumas situações nas quais o paciente não consegue esperar e precisa passar na frente, sempre por gravidade". Guilherme Viganó, médico cardiologista.

A doação de alguns órgãos pode ser feita por um doador vivo, mas a maioria vem apenas de uma pessoa já morta. Neste caso, a família do possível doador deve autorizar o procedimento.

Após a autorização, é realizado exame de sangue para detectar presença de anticorpos do HIV, hepatite B e C, HTLV, sífilis, doença de Chagas, citomegalovírus e toxoplasmose, além dos exames gerais de avaliação do fígado e rins principalmente.

A doação também é descartada com a presença de alguns tipos de tumores malignos, doenças infecciosas graves e doenças infectocontagiosas.

Apenas depois da confirmação de que os órgãos estão saudáveis, o doador é encaminhado para cirurgia de captação.

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Em vida, uma pessoa pode doar um rim, medula óssea, parte do fígado e parte do pulmão (em situações excepcionais).

Já um doador falecido pode ajudar mais de oito pessoas, doando coração, pulmão, fígado, rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas.

A lista registrada pelo SUS segue ordem cronológica de inscrição, mas existem outros critérios além do tempo de fila, como a gravidade do caso e compatibilidade sanguínea e genética com o doador.

Quando um órgão é doado, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e vai à lista de espera para selecionar os pacientes mais compatíveis.

Os critérios de desempate são diferentes de acordo com o tipo de órgão ou tecido.

Crianças também têm prioridade.

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