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Isolada em mansão, sem se mexer: a luta de Céline Dion contra doença rara

De Splash, em São Paulo

05/08/2023 07h48Atualizada em 05/08/2023 11h05

Céline Dion, 55, não está respondendo ao tratamento contra a síndrome da pessoa rígida, diagnóstico que revelou em dezembro.

A cantora apresentou os primeiros sintomas da doença em 2021, quando precisou cancelar sua residência em Las Vegas por "problemas de saúde". Ela já estava com espasmos musculares severos e persistentes.

Um mês depois, foi noticiado que Céline não conseguia andar mais, nem sair da cama.

A artista se isolou em sua mansão de R$ 6 milhões em Henderson, Nevada, para cuidar da saúde. Ela escolheu o imóvel para ficar perto das escolas particulares e das atividades dos filhos, René Charles, Eddy e Nelson.

A canadense cancelou todas as apresentações desde então. Em dezembro, Céline fez um desabafo comovente sobre seu diagnóstico, mas ressaltou que tem apoio: "Tenho uma grande equipe de médicos trabalhando ao meu lado para me ajudar a melhorar e meus preciosos filhos, que estão me apoiando e me ajudando".

Como é a doença?

A síndrome da pessoa rígida é um distúrbio neurológico muito raro, que afeta um em cada um milhão de pessoas e é mais comum em mulheres. Trata-se de uma doença autoimune.

As causas da doença são desconhecidas. No entanto, a condição pode estar relacionada a outras questões de saúde, como diabetes, câncer, tireóide de Hashimoto, linfoma de Hodgkin ou doença celíaca.

A síndrome causa espasmos e forte rigidez muscular, e pode se espalhar para diversas partes do corpo, como tronco, abdômen ou músculos respiratórios, o que pode dificultar a respiração e, por consequência, o fôlego para o canto.

Os sintomas da síndrome da pessoa rígida são progressivos. A rigidez, em geral, começa nos músculos e tronco, evoluindo para braços e pernas, músculos da deglutição e, por fim, os da respiração.

Além disso, os espasmos musculares podem ser constantes e dolorosos. Alguns gatilhos podem desencadear os tais espasmos, dentre eles: ruídos inesperados, contato físico, alteração de temperatura e situação elevada de estresse.

Não há cura, apenas tratamento para aplacar os sintomas e desacelerar a progressão do quadro, que deve ser feito com remédios sob prescrição de acordo com as necessidades da pessoa.

O paciente deve ter acompanhamento de uma equipe médica com neurologistas, fisioterapeutas e especialistas em saúde mental.

O diagnóstico é feito com exame de sangue, estudo da atividade elétrica dos músculos e punção lombar.