Mãe de influenciadora reage após investigação do MP: 'Cresceu revoltada'
Rita, mãe da influenciadora adolescente de 17 anos, se manifestou nas redes sociais após o MP-SP dizer que investigará sua conduta diante do comportamento da filha nas redes sociais.
A lojista afirma que a ausência do pai fez a filha "crescer revoltada". "Já que o pai dela [...] sumiu há anos sem pagar pensão, ficando toda responsabilidade para mim, talvez seria uma boa o Ministério Público investigar a conduta do pai e ir atrás dele. Afinal, a responsabilidade não seria só da mãe. E, sim, minha filha pode ter problemas de conduta e falta de equilíbrio psicológico devido ao crescimento sem apoio paterno, cresceu com revolta vendo os amigos tendo o pai e o amor de pai, e ela somente a mim", escreveu.
Ela reafirmou que não consegue acompanhar a adolescente por ser muito ocupada. "Minha conduta não tem nada de diferente de uma mãe que cuida de filho sozinha. Eu não posso me dar o luxo de ficar 24 horas cuidando da minha filha que já tem quase 18 anos. Eu não sou rica, tenho que trabalhar".
E digo para quem está me julgando: você consegue ter 100% de controle do seu filho no mundo de hoje? Seu filho está longe da internet? Longe do TikTok? Rita, mãe da influenciadora de 17 anos
A lojista ainda disse que aconselha a filha a apagar alguns conteúdos, mas nem sempre ela segue seus conselhos. "Eu sei que ela perde muita coisa boa postando conteúdos polêmicos, ela tem sofrido muito com haters e julgamentos. Aí essa parte de julgar e condenar eu deixo para os juízes da internet."
O que aconteceu?
A adolescente viralizou neste mês com um vídeo em que oferece bebida alcoólica a uma criança;
A promotora de Justiça Sandra Massud, de atuação na área de Infância e Juventude, instaurou inquérito para apurar a responsabilidade da mãe da adolescente.
A promotoria apontou que a adolescente "aparece em vídeos nas redes sociais incentivando crianças e adolescentes a consumir bebida alcoólica, ter comportamentos obscenos e frequentar casas noturnas desacompanhada dos responsáveis".
Massud também mencionou Google, Instagram, Facebook, Twitter e TikTok como redes que "têm conhecimento das práticas" e "permitem sua ampla divulgação". As redes sociais receberam prazo de 30 dias para esclarecer os fatos.
Às autoridades da capital paulista e à Polícia Militar foram requisitadas informações sobre alvará de funcionamento de casas noturnas frequentadas pela jovem e se tais espaços permitem a entrada de pessoas com menos de 18 anos sem a companhia dos responsáveis.
O inquérito determinou ainda o envio de ofício à Secretaria de Estado da Educação requisitando dados sobre matrícula e frequência da adolescente na escola. A promotoria requereu ao CyberGaeco que remova todo o conteúdo postado pela influenciadora nas redes sociais.
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