Topo

Após incitar guerra civil, comentarista da JP chama atos no DF de estupidez

Paulo Figueiredo é comentarista de política da Jovem Pan News - Reprodução
Paulo Figueiredo é comentarista de política da Jovem Pan News Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em Maceió

09/01/2023 13h42

Depois de incitar extremistas bolsonaristas a deflagrarem uma guerra civil no Brasil, o comentarista político da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, chamou de "estupidez" os atos de vandalismo praticados pelo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ontem, em Brasília.

Ao repercutir os acontecimentos na Jovem Pan News, Figueiredo, que é neto do último ditador do país, João Figueiredo, disse ser "compreensível a revolta popular", porque "as pessoas estão protestando pacificamente há meses e meses, e as autoridades estão surdas ao clamor popular".

Porém, Paulo Figueiredo afirmou que invadir o Congresso Nacional, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto foi uma "ideia estúpida".

Ainda, o comentarista quis colocar os bolsonaristas como vítimas da situação, ao dizer que eles seriam retratados como "um bando de selvagens que odeiam a democracia", e sofreriam uma "perseguição implacável e ampla de um grupo político".

Ao vivo na Jovem Pan News, Figueiredo, além de criticar o STF e seus ministros, fez declarações mentirosas, como, por exemplo, sobre o fato de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não disponibilizar o código-fonte das urnas eletrônicas. Na verdade, a Justiça Eleitoral torna essa informação pública para anônimos e partidos políticos.

Incitação a guerra civil. Em dezembro de 2022, Paulo Figueiredo incitou bolsonaristas a deflagrarem um conflito civil no país, como forma de reação ao processo eleitoral "sem transparência".

"Ou a gente aceita o Supremo Tribunal Federal dissolvendo o Congresso aos poucos, ou aceita o Supremo Tribunal Federal dizendo que acabou, 'perdeu, mané', uma eleição sem transparência, sem legitimidade, sem confiança da população, ou a gente aceita o poder que tudo pode, ou a gente aceita o fim do sistema acusatório, ou a gente aceita a perseguição política, ou a gente aceita o fim da liberdade de expressão, ou a gente aceita a censura na imprensa, em veículos inclusive como o nosso, ou a gente aceita tudo isso e abaixa a cabeça ou então a gente vai ter guerra civil? Ora, então que tenha guerra civil 'pô'. Que porcaria de frouxidão é essa?", declarou naquela ocasião.