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Paula Lima: 'Não é bom ter um mártir, mas o Lula é um super-herói'

Paula Lima durante apresentação do Prêmio Inspiradoras 2022 - Mariana Pekin/Do UOL
Paula Lima durante apresentação do Prêmio Inspiradoras 2022 Imagem: Mariana Pekin/Do UOL

De Splash, no Rio

07/01/2023 04h00

A cantora Paula Lima, 52, foi uma das atrações do Festival do Futuro, que ocorreu durante a posse do presidente Lula (PT) no último domingo. Crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela enxerga o momento político como "um marco para a história do Brasil".

Em conversa com Splash, ela comemora representatividade na cerimônia de posse e o retorno do Ministério da Cultura - rebaixado a secretaria no governo Bolsonaro entre 2018 e 2022. Ainda afirma acreditar na positividade do terceiro mandato do petista.

"Não é o bom a gente ter um mártir, mas a gente sabe que o Lula é um super-herói. Não tinha outra pessoa para enfrentar e chegar onde ele chegou. A gente já tem algumas respostas. Quando a gente olha para a rampa e vê aquela diversidade representando todos os brasileiros e depois vê Anielle (Franco, ministra da Igualdade Racial), Margareth (Menezes, ministra da Cultura), Silvio (Almeida, ministro dos Direitos Humanos)... A gente pensa: é outra cara".

O Festival do Futuro foi organizado por Janja e contou com centenas de artistas. A festa foi marcada por invasão de fã no palco, ironias a Bolsonaro e beijo de Janja e Lula.

"Eu brinquei: 'gente, a Janja vai ficar com ciúme de mim, tô apaixonada pelo Lula'. Tô apaixonado por ela também... Falo com empolgação porque a gente sofreu muito. É difícil governos que provoquem o caos e o ódio. Quando chega um que prega harmonia, a gente tem que celebrar. Vai dar certo. Todos nós estamos nessa empreitada de fazer dar certo.

Paula conversou com Splash durante o festival Universo Spanta, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira. Ela subiu ao palco para homenagear Marília Mendonça, ao lado de Ana Cañas e Bizay. Também homenageou Gal Costa com a música "Cuidando de Longe".

"Totalmente fora do meu habitat. Nunca cantei música sertaneja na vida, mas a Marília ultrapassa tudo isso. A gente tem que ressignificar os nossos ouvidos e corações. O que é bom tem que ser falado, tem que ser cantado. Um dos maiores desafios da minha vida até hoje dentro da música", disse.