Manoel defende Talitha de acusação de racismo: 'Não sei se Brasil entendeu'

Prestes a assumir as rédeas do "Encontro" ao lado de Patrícia Poeta, Manoel Soares denfedeu a colega Talitha Morete, que permanece no "É de Casa", após o caso de racismo envolvendo a doceira Silene.

No último dia 11, a apresentadora pediu para que a doceira, uma mulher negra, servisse aos convidados as cocadas que havia preparado a convite do programa. Na ocasião, Manoel retirou a bandeja das mãos da convidada e se prontificou a fazer as vezes.

"Vamos fazer o seguinte? Eu vou ser o seu garçom e você vai me orientar para quem eu vou servir, porque você não vai servir ninguém."

Depois que o caso repercutiu nas redes sociais, Talitha pediu desculpas e afirmou que gostaria que o caso servisse de aprendizado para ela e para outras pessoas. Segundo Manoel, que apoiou a colega de trabalho que considera uma amiga, o que fez a situação ser lida como um caso de racismo foi o contexto social.

"Talitha é minha amiga pessoal", disse ele, em entrevista a Splash. "Ela é uma menina de quem meus filhos gostam, minha esposa gosta dela, temos uma relação de afeto permanente."

"Eu, sinceramente, não sei se o Brasil entendeu o que aconteceu ali", reflete. "Talitha não estava oprimindo aquela senhora. O contexto brasileiro cria uma situação de opressão, porque não tem problema algum em Talitha pedir para que ela sirva. Isso não foi um pecado."

"Na verdade, nós temos no Brasil um cenário em que pessoas negras expostas publicamente nessa condição remetem a uma opressão, e a Talitha entendeu isso muito bem", continua. "Ela não só entendeu como, no final do programa, veio me dar um abraço. E essa é a lógica de você ter um time diverso. Essa é a lógica de você ter pessoas apaixonadas umas pelas outras."

"Na hora que eu percebi — na verdade, quando o Manoel me avisou, eu pedi desculpas na mesma hora", emenda Talitha. "E tenho mantido contato com a dona Silene até hoje, estou mega feliz pelo sucesso dela. Fui eu que levei na reunião de pauta, fui eu que fiz esse contato, eu que defendi ela estar ali e não era só sobre a cocada. Mas ela está bombando de vendas, fico mega feliz por isso. A gente troca mensagens diariamente", comemora.

"Fico muito feliz que o Brasil aprendeu com o que aconteceu. E o professor não fui eu", completa Soares.

"Tive que fazer ali o que meus ancestrais me ensinaram, mas com certeza já cometi equívocos muito maiores que esse e fui acolhido pela Talitha e pelas minhas colegas."