Monark cita 'linchamento desumano' e tenta justificar fala sobre nazistas
De Splash, em São Paulo
10/02/2022 18h50Atualizada em 10/02/2022 23h13
O youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark e que foi demitido do Flow Podcast, disse que vem sofrendo um "linchamento desumano" desde que defendeu a existência de um partido nazista reconhecido por lei no Brasil.
Na terça (8), Monark pediu desculpas e justificou que estava bêbado quando deu a declaração. Já hoje, via Twitter, ele ainda tentou explicar a ideia por trás do que defendeu: "prefiro que o inimigo se revele do que fique nas sombras".
"Eu posso ter errado na forma como eu me expressei, mas o que estão fazendo comigo é um linchamento desumano. Reitero que nunca apoiei a ideologia nazista e que a considero repugnante. A ideia defendida é que eu prefiro que o inimigo se revele do que fique nas sombras", escreveu o youtuber.
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O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) determinou que o Flow retire de todas as suas redes sociais declarações nazistas feitas pelo apresentador em um prazo máximo de 48 horas, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por veiculação. A ação foi movida pela Fierj (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro)
Confira análise sobre o assunto e outras notícias no UOL News:
O caso
A defesa da existência de um partido nazista dentro da lei por Monark foi feita durante transmissão ao vivo, na última segunda-feira (7), na qual eram entrevistados os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).
"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", afirmou o apresentador.
Ele foi rebatido por Tabata logo após a declaração, mas insistiu no argumento questionando a parlamentar. "As pessoas não têm o direito de ser idiotas?", perguntou.
A repercussão negativa da declaração fez o Flow Podcast perder patrocinadores e, como consequência, o podcaster foi desligado do projeto. Igor Coelho — apresentador e sócio do projeto — confirmou em live ontem que comprou a parte do apresentador na sociedade.
Não é de hoje que Monark causa polêmica por uma conduta reprovável. Ano passado, ele perguntou no Twitter se "ter uma opinião racista é crime" e ainda comparou homofobia com a escolha do indivíduo tomar um refrigerante.
A assessoria do Flow informou a Splash que os únicos sócios agora são Igor Rodrigues Coelho e Gianluca Santana Eugenio.