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39 anos: Elza Soares morre no mesmo dia que o ex-marido Garrincha

Fernanda Talarico

De Splash, em São Paulo

20/01/2022 17h43

Elza Soares morreu na tarde desta quinta-feira, aos 91 anos, de causas naturais. A morte da cantora aconteceu exatos 39 anos depois de Mané Garrincha, ex-marido da artista, que também morreu no dia 20 de janeiro, mas de 1983.

Os dois viveram um relacionamento conturbado entre 1962 e 1982. Eles se conheceram alguns meses antes da Copa do Mundo de 1962, durante um treino do Botafogo, time no qual Garrincha jogava à época. No entanto, o jogador era casado e Elza namorava o músico Milton Banana.

Depois de alguns meses vivendo o romance escondido, Garrincha se separou da então esposa e, em 1966, Crioula e Neném - apelido do casal - se casaram. Dez anos depois, nasceu o primeiro filho dos dois, Manoel Francisco dos Santos Júnior, conhecido como Garrinchinha.

O jogador, que era alcoólatra, havia prometido que, caso Elza engravidasse de um menino, ele pararia de beber. No entanto, pouco tempo depois do nascimento do filho, a cantora flagrou o então marido alcoolizado e segurando Garrinchinha ainda bebê apenas por uma perna.

Após diversos episódios de agressões físicas e verbais, traições e crises de ciúmes por parte de Garrincha, o casamento dos dois chegou ao fim depois de 16 anos juntos. No processo de separação, Elza abriu mão de receber pensão do ex-marido e entrou na justiça apenas para brigar pela guarda do filho, que foi favorável à cantora.

No dia 20 de janeiro de 1983, Garrincha morreu em decorrência de uma cirrose hepática. Depois do conturbado relacionamento, Elza Soares nunca mais se casou.

Em 2014, Elza admitiu ter sentido saudade do ex-namorado. O motivo? A goleada por 7 a 1 sofrida pelo Brasil contra a Alemanha, na semifinal da Copa.

"Foi triste. Chorei muito, fiquei louca. Nunca senti tanta saudade do Mané [Garrincha] como nesse dia. Não só da pessoa, mas do jogador que jogou por chuteiras e bandeiras, do grande jogador que morreu pobre. Você coloca um vídeo do Mané, você não quer tirar. Aqueles dribles dele... Em 1962, o Mané ganhou a Copa. Você vai à Suécia e vê que eles têm verdadeira loucura por ele."