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Filho de Robin Williams revela 'frustração' do pai com doença neurológica

28.04.2012 - Zak Williams e Robin Williams no The Comedy Awards, em Nova York (EUA) - Kevin Mazur/WireImage
28.04.2012 - Zak Williams e Robin Williams no The Comedy Awards, em Nova York (EUA) Imagem: Kevin Mazur/WireImage

Colaboração para Splash, em São Paulo

21/07/2021 19h31

O filho de Robin Williams, Zak Williams, falou abertamente sobre a luta psicológica do seu pai e o efeito de um diagnóstico equivocado de mal de Parkinson do ator, que se suicidou em agosto de 2014. A conversa foi com o apresentador Max Lugavere no podcast "The Genius Life", para discutir a "frustração" e o desconforto de Williams antes de sua morte. O episódio foi lançado hoje, que marca o 70º aniversário do falecido comediante.

"O que eu vi foi frustração", disse Zak sobre o diagnóstico incorreto de seu pai com a doença de Parkinson, dado pelos médicos cerca de dois anos antes de sua morte. Somente após o suicídio de Williams foi descoberto que o ator tinha Demência de Corpos de Lewy, ou DCL, causada pela degeneração e pela morte de células nervosas do cérebro.

Tanto a DCL quanto o Mal de Parkinson são subtipos de demência. Porém, a DCL se distingue do Parkinson com sintomas, como um declínio notável nas habilidades cognitivas e dificuldades com atividades mentais diárias.

"O que ele estava passando não combinava com a experiência de muitos pacientes com Parkinson. Então, eu acho que foi difícil para ele", continuou Zak. "Havia um problema de foco que o frustrava, havia problemas associados a como ele se sentia e também de uma perspectiva neurológica. Ele não se sentia bem". O filho de Robin Williams acrescentou: "Ele estava muito desconfortável."

Zak, que é advogado, acredita que o diagnóstico incorreto de seu pai provavelmente exacerbou o impacto emocional do ator, que sofria de depressão. Nos anos em que Robin viveu sem saber todo o escopo da doença, seu filho observou a luta do comediante para se concentrar e os subsequentes "desafios de realizar seu ofício", o que pode ter contribuído para os seus quadros de ansiedade e depressão.

"Foi um período de intensa busca e frustração para ele. É simplesmente devastador", pontuou Zak, que também falou sobre os efeitos dos remédios que o pai tomava. "Essas drogas não são brincadeira. Elas também são muito difíceis para a mente e corpo".

No podcast, Zak também falou sobre o impacto do suicídio de seu pai em sua própria saúde mental. "Eu bebia muito para controlar minha saúde mental. (...) Eu estava passando por algumas psicose e quando falei com um psiquiatra, fui diagnosticado com Transtorno de Estresse Pós-Traumático", compartilhou o advogado, que revelou que encontrou conforto em um programa que envolve terapia em grupo.