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Doença no coração é frequente em cães idosos. Saiba como detectar e cuidar

Assim como os humanos, cães idosos podem sofrer com problemas no coração Imagem: Getty Images/iStockphoto

Juliana Finardi

Colaboração para Nossa

02/10/2021 04h00

Assim como os seres humanos, a idade avançada em cães também representa uma lista maior de cuidados e de doenças. Endocardiose está entre elas. A degeneração das válvulas do coração aparece principalmente nos animais idosos de pequeno e médio portes. E, apesar de rara entre felinos, que costumam apresentar outros tipos de problemas cardíacos, também pode afetar os gatos.

Líder dos diagnósticos entre os pets pacientes cardíacos, a doença aparece em forma de cansaço, tosse e desconforto respiratório e atinge uma válvula que fica do lado esquerdo do coração, como explica Luciane Martins Neves, do centro veterinário Seres/Petz.

"Costumo explicar para os tutores com uma comparação: é como se fosse a portinha do armário da cozinha que foi molhado. O armário empena e a portinha não fecha mais, ficando entreaberta. Por isso, há um aumento de pressão dentro do ventrículo, sendo que um pouco de sangue retorna e vai acumulando", diz.

Cansaço e tosse são sinais de que o animal pode estar doente Imagem: Getty Images/iStockphoto

Aos 6 anos, de acordo com Luciane, um cãozinho já deve começar a passar por avaliações. A partir dos 8, trata-se de um cachorro sênior e precisa realizar checkups periódicos. Ainda segundo a veterinária, raças como maltês, poodle, cavalier e yorkshire são as que mais sofrem com o problema e, portanto, precisam de um acompanhamento médico mais frequente.

Como cuidar

De acordo com a cardiologista veterinária Bruna Aguiar, não há forma de prevenção para a doença e o diagnóstico precoce é a melhor forma de lidar com o problema.

Entendemos como a doença se desenvolve, porém suas causas ainda são desconhecidas. Quanto antes detectada e iniciado o tratamento, maior é a chance de retardarmos a evolução", afirma.

Diagnostico precoce ajuda a tratar a doença Imagem: Getty Images/iStockphoto

Com a demora no diagnóstico e, consequentemente, no tratamento, a doença pode evoluir, assim como os sintomas, que passam a apresentar-se de forma mais grave. "Tosse, cansaço fácil, dificuldade respiratória e até mesmo desmaios podem fazer parte da rotina do pet cardiopata. Sem tratamento, a doença tende a evoluir de forma mais rápida podendo até levar o animal ao óbito", diz Bruna.

No que se refere à alimentação dos bichinhos, a veterinária explica que, independente da doença cardíaca, é muito importante que seja feita de forma balanceada para que todos os componentes nutricionais possam ser fornecidos de maneira correta evitando problemas de maneira geral.

"Com relação à parte cardiológica, ainda não existe um consenso sobre a alimentação nas fases iniciais da doença, mas estudos indicam que a diminuição da quantidade de sódio pode ser benéfica em estágios mais avançados.

Hoje em dia, contamos com rações específicas para pacientes cardiopatas que podem ser prescritas pelo médico veterinário", diz.

Acompanhamento do médico veterinário é essencial para o tratamento Imagem: Getty Images

Embora não haja como mensurar os gastos do tutor com um pet cardiopata, é possível estimar os fatores que incidirão sobre o montante geral de custos com um bichinho doente.

Além de termos problemas cardiológicos diferentes, o estágio da evolução da doença também é um fator importante para determinar os custos —- casos emergenciais necessitam internação, por exemplo.

De maneira geral, além do custo com o tratamento medicamentoso, o pet cardiopata precisa de acompanhamento com médico veterinário especializado em cardiologia e realizar exames de rotina como ecocardiograma, eletrocardiograma e exames de sangue, por exemplo.

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