Review iPhone 15: a melhor escolha para quem tem um iPhone antigo

O iPhone 15 atualmente é a melhor escolha para quem tem um iPhone antigo e deseja trocar. Digo isso com tranquilidade após testar o celular da Apple por quase três meses e o preço dele ter baixado: de R$ 7.299 por a partir de R$ 5.799.

Ele une recursos do iPhone 14 Pro, linha da Apple mais avançada em 2022, configurações novas (como duas câmeras trabalhando como se fossem três) e custa bem menos do que o top iPhone 15 Pro (que, claro, tem as melhores configurações).

Por mais que não tenha havido grandes mudanças em relação ao modelo anterior (o 14), o conjunto de câmeras e processador do iPhone 15 agradará a maioria das pessoas — sejam fãs da marca e/ou quem apenas deseja um celular com excelente desempenho.

O que o iPhone 15 herdou 14 Pro e Pro Max

  • Ilha dinâmica: o polêmico entalhe retangular no topo da tela foi substituído por uma "pílula" interativa, na qual é possível receber alertas e dar comandos em aplicativos (avançar/pausar uma música, ver o trajeto de um voo, acessar informações de uma entrega etc);
  • Câmera principal com sensor de 48 MP (megapixels) -- as gerações anteriores tinham 12 MP. Na prática, isso representa altíssima resolução, com ainda mais detalhes nas fotografias;
  • Processador A16 Bionic, lançado em 2022 para o iPhone 14 Pro e 14 Pro Max, de altíssimo desempenho;
  • Tela de 6,1 polegadas mais brilhante.

Novidades do iPhone 15

Novo padrão USB-C para recarga de bateria e transferência de dados — máxima de 480 Mbps (megabit por segundo);

As duas câmeras principais desempenham a função de três, graças ao novo zoom em três formatos: 0,5x, 1x, 2x. É a primeira vez que a Apple traz esse recurso para um celular que não seja da linha Pro, com apenas duas lentes;

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Novo Modo Retrato automático: quando uma pessoa (ou até animal ou planta) é detectada no primeiro plano, a câmera já tira a foto com a opção de desfoque de fundo, sem necessidade de selecionar o Modo Retrato.

Minhas impressões

Câmeras ótimas. O iPhone 15 abriga atualizações interessantes para o público que usa muito o celular para fotografar e fazer vídeos. O aparelho produz imagens com ainda mais resolução (opções de 24 MP e 48 MP). Comparando com o iPhone 14 Pro, a diferença fica mais nos detalhes, e quem não faz um uso profissional não deve perceber grandes diferenças. Agora, colocando lado a lado com fotos tiradas em um aparelho mais antigo, como o 13, isso fica mais evidente.

Foto com a câmera principal
Foto com a câmera principal Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
Foto em modo noturno
Foto em modo noturno Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
Luz natural
Luz natural Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
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O modelo ganhou um zoom extra (2x), que não existia no iPhone 14, e consegue aproximar um objeto/cena 10 vezes (misturando zoom óptico e digital). A geração anterior chega a no máximo 5 vezes.

Câmera principal - 24 mm
Câmera principal - 24 mm Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
Zoom 2x
Zoom 2x Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
Zoom de 10x (mistura óptico com digital)
Zoom de 10x (mistura óptico com digital) Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Tela para vídeos, edições e dias de Sol. A experiência foi ótima (como costuma ser com celulares da marca), para lazer e trabalho. Além de responder muito rápido aos comandos, o display ganhou maior intensidade de brilho. O pico agora é de 2.000 nits (unidade de medida de intensidade luminosa) em ambiente externo, o que ajuda em situações como o uso do telefone em dias muito ensolarados.

iPhone 15 Rosa
iPhone 15 Rosa Imagem: Bruna Souza Cruz
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Bateria "mais inteligente". Tecnicamente, ela não mudou entre as gerações, mas senti uma eficiência melhor no gasto energético. Com diferentes intensidades de usos nesses três meses, a bateria durou entre um dia completo, com uma sobra de 20% a 30%, e um dia e meio usando sem parada para recarga. Na dúvida, eu plugava o celular na tomada à noite mesmo com essa carga, já que gosto de sair com o telefone 100% para o trabalho.

Entrada USB-C faz diferença e é mais prática. Ok, não gastaria com um iPhone pensando apenas nessa mudança. Mas já que o iPhone 15 matou a porta Lightning, digo com a maior sinceridade: já não era sem tempo, e faz diferença sim. Com um único cabo e adaptador de tomada (seja da Apple ou não), você pode usar no iPhone, no celular Android da amiga, em fones de ouvido e caixas de som, então não é preciso levar diferentes cabos ao sair de casa.

Pontos de atenção

Tela tem taxa de atualização abaixo da média. Os amantes de games têm uma experiência melhor com telas que trabalham com 120 Hz (quanto maior o número, mais rápida é a transição das imagens). O iPhone 15 funciona com 60 Hz. No dia a dia, isso é pouco sentido para muita gente. Mas se você já se acostumou com essa velocidade alta, sentirá uma diferença.

Não gostei da câmera de selfie no começo, mas melhorou. Nos primeiros usos do iPhone 15, o resultado das selfies após o processamento da imagem no celular (que usa todo um sistema de fotografia computacional) me frustrou. O rosto ficava com um aspecto ruim, evidenciando manchas, poros, linhas de expressão — com ou sem maquiagem).

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Uma saída que encontrei foi ativar o efeito de iluminação "Vívido" antes de tirar a selfie (o iPhone conta com seis opções). Testei com amigas com diferentes tons de pele, e elas concordaram que o resultado ficou melhor do que sem o recurso ativado. Ao atualizar a versão do sistema operacional (o iOS 17), notei uma ligeira melhora nas selfies, mas ainda prefiro fazê-las dessa forma, dependendo da luz ambiente.

Por fora, pouca coisa mudou. Tirando as novas cores, como este rosa, o iPhone 15 se parece com as últimas gerações do celular da Apple. Para os entusiastas de inovação em design, talvez faça mais sentido apostar em modelos dobráveis. A empresa ainda não tem o dela, mas Samsung e Motorola seguem fortes tentando consolidar esse mercado de telefones com telas diferentes.

Para quem ele vale a pena?

Como destaquei no começo deste review, quem tem um iPhone antigo não deve se arrepender da compra de um iPhone 15.

Agora, se você tem o iPhone 14 ou até o iPhone 14 Pro, eu diria para esperar um pouco mais para atualizar — seja pelo lançamento da linha 16, que deve ter maiores novidades, ou por uma promoção ainda melhor. Esses ainda são smartphones com uma vida útil de pelo menos quatro anos, dependendo do seu uso.

Lembrando que completam a linha os modelos Plus (mesmas configurações do 15, mas com tela maior), Pro e Pro Max.

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