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Podcast de investigação sobre histórias marcantes do esporte


Futebol Bandido: Caso Daniel - Ep2: "Me diz que é mentira"

Do UOL, em São Paulo

25/08/2020 04h00

No segundo episódio da segunda temporada do podcast Futebol Bandido, após descobrir que Daniel havia sido assassinado, a família do jogador e amigos tentam entender o que aconteceu no aniversário de Allana Brittes. Em ligações e mensagens por Whatsapp, a família Brittes se mostra chocada com a tragédia. Edison, o pai de Allana, se dispõe a ajudar nas investigações. Mas uma reviravolta no caso transforma a morte do atleta em um crime ainda mais brutal. Ouça o segundo episódio acima.

Sempre às terças, os repórteres Adriano Wilkson e Karla Torralba vão contar a história do assassinato do jogador do São Paulo Daniel Corrêa. Serão seis episódios no total. O primeiro episódio (E1.T1: Um corpo é encontrado com cortes no pescoço e só de camiseta) mostrou como o corpo de Daniel foi encontrado e o início das investigações da polícia, que ficou surpresa com a violência do crime e com a identidade da vítima.

Você pode ouvir o segundo episódio no player acima ou ler o roteiro na íntegra abaixo. Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts e em todas as plataformas de distribuição. Você pode ouvir Futebol Bandido, por exemplo, no Spotify, na Apple Podcasts e no Youtube.

Futebol Bandido - Temporada 2: Caso Daniel

Imagem: UOL
Episódio 2: "Me diz que é mentira"

O jogador Daniel Corrêa era mineiro de Juiz de Fora. Ele desapareceu depois de participar de uma festa de aniversário no Paraná, e a família dele ficou aflita com a notícia de que um corpo tinha sido encontrado. O nome da mãe do jogador é Eliana Corrêa. Em busca de informação, Eliana descobriu que Daniel tinha ido a Curitiba participar do aniversário de Allana Brittes. Depois de conseguir o telefone dela com um amigo de Daniel, Eliana ligou para a garota, que tinha acabado de fazer 18 anos.

Na conversa com ela, Allana se mostrou abalada pela possibilidade de Daniel ter morrido. E chegou a oferecer ajuda pros parentes dele. Neste episódio, a gente vai relatar algumas dessas mensagens, trocadas pelo Whatsapp. E também ligações telefônicas que revelam a postura adotada pela família Brittes logo depois do assassinato de Daniel. Esse material foi anexado ao inquérito que investigou a morte do jogador, em outubro de 2018.

A conversa entre a mãe do Daniel e a aniversariante começa com a Eliane pedindo o endereço da Allana. A garota envia a localização junto com uma lista de hotéis que ficavam próximos da casa dela. A família de Daniel imaginava que ele poderia ter se hospedado em algum desses hotéis quando saiu da festa. Depois Allana escreve:

Allana Brittes: "Estou indo agora com meus pais para o IML. Fica tranquila, por favor. Se deus quiser não vai ser ele."

Mas a essa altura, a mãe de Daniel já sabia que era do seu filho o corpo guardado no Instituto Médico Legal. Eliana escreve:

Allana, eu acho que é ele sim. Minha irmã já mandou foto de um juiz aí, eu acho que é ele sim. Mas Allana, confirma porque estou em estado de choque aqui. Parece que estou num pesadelo."
Eliana, tia de Daniel.

Allana diz não acreditar que Daniel está morto e insiste em ir até o IML. Minutos depois, Eliana confirma que o corpo encontrado é mesmo o de Daniel. Allana, então, responde:

Allana Brittes: "Não acredito, nisso. Me diz que é mentira."

Os detalhes de como Daniel foi morto

Vídeo enviado por Daniel a amigo mostra festa na casa de Edison Brittes Imagem: Rede Globo/Reprodução

Daniel estava morto. Além de ter que encarar a dor daquela verdade, a família dele sofreu com o lento processo de descobrir os detalhes e as circunstâncias dessa morte precoce. Naquele dia, ficou com a tia Regina o papel de receber as notícias que chegavam do Paraná. Ela é irmã da mãe de Daniel. Nas primeiras horas depois de saber da morte, Regina imaginou que o afilhado tivesse sido vítima de um acidente de carro.

Regina: "E a gente pensava como que ele tinha batido o carro se nem de carro ele foi pra Curitiba".

Esse é o depoimento prestado por Regina Corrêa, tia de Daniel, no fórum de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, cidade onde o jogador foi morto.

Regina: "Como foi o acidente? Eu não sei por que eu pensava que era acidente. Talvez porque eu já tenha perdido gente para acidente de carro. Para todo mundo lá em tinha sido uma batida de carro. Aí alguém perguntou para o meu marido: 'Carlos, como foi esse acidente, como foi essa batida?' E ele disse que o Daniel não tinha batido o carro, que ele tinha sido assassinado. Aí, a mesma facada que o Daniel tomou, nós tomamos também. A gente falou: 'Não, assassinado não tem jeito. Pegou o Uber e foi assaltado. Construímos aquela cena que o Daniel foi assaltado. Alguém deve ter falado que ele era jogador'. Porque o Daniel não falava, ele era simples. Ele não chegava falando que era jogador de futebol. A vida dele era pública e todo mundo fala isso".

Era difícil acreditar que Daniel pudesse ter morrido de uma facada. Por qual motivo alguém poderia querer matar o jogador? Um latrocínio, que é o roubo seguido de morte, faria mais sentido em um país desigual e violento como o nosso. A família dele continuou aguardando as notícias, como se elas pudessem de alguma forma aliviar o sofrimento.

Regina: "Naquele momento que falou que tinha sido assassinado, a gente ligou pra Uber, táxi e a gente seguia incrédulo. Meu marido pegou o carro e foi até o aeroporto em Belo Horizonte para levar os documentos que precisava e meu filho veio para cá. No outro dia ele foi na delegacia, conheceu as pessoas, o tempo todo no grupo de casa. E eu estava na casa da minha irmã. Passamos a noite lá".

E então, nesse momento, a família soube de um detalhe que deixou essa história ainda mais trágica.

Regina: "Aí meu marido falou assim: 'Gente, eu to com muita dó, mas tenho mais uma notícia pra dar pra vocês. Tá estranho o assassinato porque não parece assalto. Porque o assassino cortou o pênis do Daniel'. Eu falei 'Hein'? 'É, além de cortar o pescoço do Daniel, ele cortou o pênis do Daniel'".

Esse é um trecho da RIC TV, afiliada da Rede Record no Paraná:

Repórter 1: "A vítima estava apenas com uma camiseta, com vários cortes profundos pelo pescoço e com o órgão genital decepado. Horas depois, a mãe da vitima chega pra identificação do corpo. Era mesmo Daniel Corrêa de Freitas, o ex-jogador do Coritiba".

Repórter 2: "Vale lembrar que o corpo está sendo preparado neste momento por uma funerária de Campo Magro. O corpo só que sem o órgão genital, que não foi localizados nas imediações, na Colônia Mergulhão, onde esse corpo foi encontrado por moradores. O órgão genital ainda não foi encontrado".

Os detalhes eram brutais. Daniel havia sido morto com violência e seu órgão sexual foi arrancado. Isso era tudo que a família tinha de informação. Era preciso saber mais. Daniel saiu de Sorocaba e chegou a Curitiba usando um serviço online de caronas. Na cidade, ele ficou na casa de um amigo, um rapaz chamado Lucas Muner. Lucas era piloto de avião e conhecia a família Brittes do aniversário de 17 anos de Allana. O próprio Lucas já tinha ido até a casa da família buscar os convites da festa da garota, que seria na boate Shed.

Imagens da boate Shed mostram Daniel Imagem: Reprodução/TV Globo

No dia em que prestou depoimento, um ano depois, Lucas foi ao Fórum de São José dos Pinhais com uma camiseta que trazia estampado o rosto do amigo morto. Naquele dia, ele relatou mais detalhes sobre a festa de 18 anos de Allana. E falou da presença dos pais da aniversariante: Cristiana e Edison Brittes. Esse é Lucas respondendo ao advogado Nilton Ribeiro, assistente de acusação.

Nilton Ribeiro: "O que você pode trazer com relação à festa da Shed? Você ficou no camarote?"

Lucas Muner: "Ficamos os dois no camarote".

Nilton Ribeiro: "Que horas chegaram?"

Lucas Muner: "Por volta de 00h30".

Nilton Ribeiro: "Ficaram até que horas?"

Lucas Muner: "Aproximadamente 5h."

Nilton Ribeiro: "Vocês viam a todo momento Edison, Cristiana e Allana?"

Lucas Muner: "Eu sentia bastante falta do Edison no camarote. A Cristiana ficava bastante tempo no camarote. Que eu me recordo teve umas horas que ela procurava alguém e acredito que seja ele, mas eu não vi briga e nada, mas acredito que seja ele porque não estava no camarote. A Allana que eu me recorde ficou no camarote e a mãe junto".

Nilton Ribeiro: "Eles beberam muito naquela noite?"

Lucas Muner: "A Cris bebeu bastante e a Allana também, mas como não fiquei com elas, eu só podia ver a expressão delas".

Nilton Ribeiro: "Qual é o comportamento da Cristiana na noite?"

Lucas Muner: "Ela estava alterada. Bebendo demais eu não vi, mas estava alterada. Você via o modo como se portava. Modo de falar, gaguejava, estava mais dançando que o normal, esse tipo de coisa. Você sabe quando uma pessoa está alterada".

Em fotos e vídeos que circularam nas redes sociais, a família Brittes e seus convidados aparecem celebrando o aniversário de Allana. Em uma dessas fotos, postada pela garota no Instagram, Edison exibe um sorriso largo ao lado da esposa e da filha. Ela segura um copo cor de rosa. Como legenda, Allana escreveu: "Obrigado por serem os melhores pais do mundo! Amor maior do mundo. Eu amo vocês mais que tudo".

Juíza: "Você diz que era comum você sair e ir pra balada todo mundo junto?"

Allana: "Sim, todas as vezes que eu saía eu tava com meus pais. Sempre com meus pais. Sempre com meus pais. Todas as vezes que eu saia, eu estava com eles. Todas as vezes".

Em juízo, os advogados tentaram recriar o clima daquela festa com base no depoimento de outros convidados. Esse é o advogado Renan Pacheco fazendo perguntas à estudante de direito Polini Mattos Dornellas, amiga de Allana.

Renan Pacheco: "Bom dia Polini, embora você seja ouvida na condição de informante você tem o dever moral de contribuir com a justiça e falar a verdade. A senhora é amiga da Allana há quanto tempo?"

Polini: "Que eu sei da existência dela já faz mais de um ano, mas que a gente virou amiga mesmo foi no meio do ano passado, em julho".

Renan Pacheco: "Coisa recente".

Polini: "É sim".

Renan Pacheco: "A senhora foi convidada pra festa de aniversário dela?"

Polini: "Sim, eu estava na Shed".

Renan Pacheco: "Quando você chegou, a Allana, a Cristiana e o Edson já estavam lá?"

Polini: "Sim, ela me encontrou na entrada pra dar o convite".

Renan Pacheco: "Lhe recepcionaram, lhe entregaram a pulseira do camarote?"

Polini: "Sim, E ficaram a todo momento ali festando. Normal".

Renan Pacheco: "Como estava o ânimo?"

Polini: "Ambiente de balada normal, era uma festa. Família se divertindo. Convidados também, tudo normal".

Renan Pacheco: "A senhora viu o Daniel em algum momento?"

Polini: "Vi ele entrando no camarote uma vez. Só. Nada, eu não conhecia ele".

Renan Pacheco: "Como estava a Cristiana na casa noturna?"

Polini: "A Cris estava bêbada. Todo nós estávamos bem alegres, ela estava bêbada, posso dizer isso".

Amigo de Daniel investiga o assassinato e liga para Edison Brittes

Casa da família Brittes Imagem: Theo Marques/UOL

Em busca da verdade sobre os fatos que levaram à morte de Daniel, seu amigo Lucas Muner, que estava recebendo o jogador em Curitiba, também começou a fazer sua própria investigação. O caminho mais óbvio seria ligar para Edison Brittes, o pai de Allana e anfitrião da reunião com alguns dos convidados da família. Em vídeos que depois circularam nas redes sociais, é possível ver Daniel na parte de trás da casa, uma área reservada a festas. Essas são as últimas imagens dele com vida.

Essa é uma ligação entre Lucas Muner e Edson Brittes. Lucas já tinha reconhecido o corpo do amigo no IML e estava tentando entender o que tinha acontecido com ele.

Brittes: "O que você quer saber?"

Lucas Muner: "Ele chegou aí, tudo?"

Brittes: "Então, sim, ele pegou um..."

Lucas Muner: "A mãe dele tá me ligando e tá perguntando o que aconteceu e eu não sei o que aconteceu."

Brittes: "A gente também não sabe. Ele não saia do celular. Ele saiu e foi embora. A gente não viu mais nada."

Lucas Muner: "Que horas ele saiu?"

Brittes: "Oito e pouco?"

Lucas Muner: "E ele foi com quem?"

Brittes: "Eu não sei, saiu sozinho. Estava no telefone. A gente estava aqui pra trás. A gente estava no fundo da casa. O terreno tem 40 metros. A gente estava no fundo, o portão estava aberto, porque ia vir mais gente. Então a gente não sabe. A gente quer ajudar de qualquer forma. O que a gente pode fazer? A gente pode ir na delegacia? Dar depoimento? A gente quer ajudar. A gente também está desesperado".

Lucas Muner: "Eu também não sei como estão fazendo ali. Aí eu vejo."

Brittes: "Me diz. Eu estava querendo levar a Allana na delegacia. O que você acha?"

Lucas Muner: "Eu não sei, eu não entendo."

Brittes: "Eu também não, cara. A gente está no desespero. Vou falar pra você. Mas ele estava muito bêbado. Meu deus do Céu. O desespero. Minha filhinha. A Allana está em choque, tive até que dar calmante. Minha nossa. Eu vi você na televisão hoje, na porta da delegacia."

Lucas Muner: "Apareci?"

Brittes: "Eu vi você saindo da porta da delegacia. Aqui está todo mundo em choque. Desesperado. A gente só quer, a única coisa é ajudar. O que a gente pode fazer para colaborar. É uma coisa muito triste, cara. Eu liguei pra mãe dele, ela não conseguiu falar. Eu falei que sou o pai da Allana, o que a gente pode fazer pra ajudar. Ela ficou muda. A Allana explicou bem pra você o que aconteceu, né?"

Lucas Muner: "Falou o que você falou. E ficou muito vago. Não sei. Eu fiquei esperando ele. Não chegou, não chegou e a gente ficou preocupado. A gente começou a ir atrás dele".

Lucas Muner era uma espécie de guia durante a estadia de Daniel em Curitiba. Foi ele quem foi buscar os ingressos da festa. Os dois foram juntos a uma primeira boate e depois até a Shed, para o aniversário de Allana. Mas eles acabaram se separando nas primeiras horas da manhã. Lucas foi pra casa. Daniel seguiu para a casa da família Brittes. Na ligação pro Edison Brittes, ele relata o seguinte:

Lucas Muner: "Eu fui embora da Shed antes dele. Ele ficou lá. Ele disse que ia... Eu não sei se ele foi com vocês pra lá. Eu não sei se foi de Uber".

Brittes: "Eu vou te explicar direito. Eu vim embora de carro. Ele veio de Uber com outro pessoal. Ele chegou de Uber com outro pessoal".

Lucas Muner: "Que pessoal que era?"

Brittes: "Era o pessoal que estava lá também. Eles entraram e o pessoal que estava muito cansado foi dormir. E a gente continuou aqui. Ele ficou pouco tempo aqui. Ele bebeu um pouco e ficou no telefone. E como o portão estava aberto, que tinha gente de lá pra terminar a festa aqui, ele foi embora. Não deu explicação. Ficou um pouco, pegou e foi embora. São coisas que a gente não vai conseguir precisar. O que a gente quer é só ajudar e eu preciso que você me dê um local de partida. Porque a gente está com as mãos atadas. Querendo ajudar, para chegar a uma solução, mas a gente não sabe o que fazer".

Casal Edison e Cristiana Brittes Imagem: Reprodução/Facebook

Edison Brittes oferece ajuda

Edison Brittes, o pai de Allana, a pessoa mais velha da casa, se mostrou muito triste com a tragédia que se abateu sobre o convidado. Ele era um comerciante conhecido no bairro, dono de uma loja de produtos laticínios. Também eram conhecidas as festas em casa que ele dava até altas horas. O que mais chamava atenção em seu semblante era o sorriso, largo e muito branco. Podia ser considerado simpático ou intimidador, a depender do ângulo e do contexto.

Brittes: "Como ele foi embora? Ele era grande e vacinado. Ele pegou e foi embora. E lá não deu pra ver como foi. Que tragédia. Triste muito triste, mas pensa uma forma pra ajudar e vamos fazer de tudo o que precisar. Se precisar falar com as meninas a gente ajuda, chama elas".

Lucas Muner: "Como o negócio está devagar, mas provavelmente vão chamar vocês".

Brittes: "A gente poderia ir de livre e espontânea vontade."

Lucas Muner: "Eu acho que eles vão procurar."

Brittes: "Mas tranquilo. A gente está de prontidão pra fazer de tudo pra ajudar".

Lucas Muner: "Eu sei. A Allana é super amiga do Dani, imagino que ela deve estar arrasada".

Brittes: "Tão amiga que ele veio só para o aniversário dela. Era um querido com ela. Meu deus, sem palavras. Imagine, ele veio de longe só pra vir no aniversário dela. Era uma pessoa muito querida pela gente".

Essa ligação foi feita no domingo, um dia depois da morte de Daniel Corrêa, enquanto sua família tentava reunir as informações que pudessem explicar o assassinato. Quanto mais eles sabiam, mais angustiados ficavam. O assassinato do jogador já tinha ganhado manchetes nos portais e horas de cobertura no rádio e na TV.

A confissão

Edison Brittes no vídeo da confissão Imagem: Reprodução

Três dias depois dessa ligação, o mesmo Edson Brittes gravou um vídeo que seria divulgado pelo advogado dele. Nele, o comerciante justificava assim o que aconteceu no dia 27 de outubro.

Brittes: "O que eu fiz qualquer homem faria. Aquela ali não era a minha esposa, eram todas as mulheres do Brasil. Naquele momento era a minha esposa, a Cris, a mulher que eu me dediquei em 20 anos. A minha esposa nunca teve nada com o Daniel, muito menos a minha filha. Se eu fiz o que eu fiz eu quero que cada um reflita. O que você faria pra manter a integridade moral de sua família? Eu evitei que minha esposa fosse estuprada por esse monstro canalha."

Com a confissão, a história ganhou um novo rumo.

Repórter: "Oi Doni. Boa tarde a todos, o delegado Amadeu Trevisan começou a falar agora há pouco sobre a prisão e mais detalhes aqui em São José dos Pinhais. Foram presos o empresário Edson Brittes, a esposa dele Cristiana Brittes, e a filha do casal, Allana Brittes. Todas essas prisões são temporárias. Hoje pela manhã a polícia foi à casa da família. A equipe ficou uma hora na casa dessa família e saiu levando pai e filha. A mãe, Cristiana, já estava presa desde ontem".

No próximo episódio de Futebol Bandido:

Testemunha sigilosa: "O Edison saiu para comprar mais bebida e ficou 15 minutos fora. Ficou 15 minutos fora e voltou. Ele trouxe mais umas 2 vodcas. Ele passou por mim e falou que ia no quarto pegar alguma coisa e para eu ir junto. Na hora que ele abriu, eu comecei a escutar barulho de tapa e soco. Na hora, eu abri a janela e vi que ele já estava sufocando o Daniel. Com uma mão ele segurava e com a outra ele batia e falava: 'O que que o piá estava fazendo ali com a mulher dele na cama'".

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