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De última do ranking às quartas de Roland Garros: conheça Bia Haddad

Colaboração para o UOL, em Aracaju

05/06/2023 14h39

O colunista Alexandre Cossenza contou no De Primeira a trajetória de superação da brasileira Bia Haddad, classificada às quartas de final da Roland Garros.

De última do ranking a top 8 em Roland Garros

Cossenza contou que Bia Haddad teve muitos altos e baixos na carreira antes do feito em Roland Garros. A última brasileira a chegar às quartas de final do Grand Slam foi Maria Esther Buenos, há 55 anos.

Bia sofreu com lesões, foi suspensa por doping e caiu para a última posição do ranking. A paulistana de 27 anos não conseguiu se recuperar a tempo e ficou fora das Olimpíadas do Japão.

"Essa vitória de hoje mostra quem é a Bia, essa casca que ela criou para superar momentos difíceis", analisou Cossenza.

Entre homens e mulheres, a última vez que o Brasil havia chegado às quartas em Roland Garros foi em 2004, com Gustavo Kuerten.

"Hoje é um dia memorável para o tênis brasileiro, um dia grande, com um feito de peso", afirmou o colunista do UOL.

O que disse Cossenza

A história da Bia é sensacional porque ela bate e volta na carreira em alguns momentos. Teve uma ascensão, teve uma lesão grave nas costas, teve que operar, fez um retorno, aí caiu da cama, teve uma fratura, outro tempo parada, voltou, voltou a subir, chega em 2019, teve um caso de doping, testou positivo, pegou uma suspensão, quando voltou era a última do ranking, literalmente, e vai ganhando, subindo aos poucos do jeito que dá, fica fora da Olimpíada de Tóquio por isso, vai ganhando terreno, mostrando a força que tem, ganhou dois torneios da WTA ano passado na grama, mas faltava um grande resultado em Grand Slam. Parecia questão de tempo e veio agora em Roland Garros. Essa vitória de hoje mostra essa casca, capacidade de brigar e competir quando as coisas não estão dando certo. Essa vitória de hoje mostra quem é a Bia, da personalidade, das características pessoais, da luta, dessa casca que ela criou para superar momentos difíceis sem deixar a cabeça ir embora." Alexandre Cossenza

Hoje é um dia memorável para o tênis brasileiro, um dia grande, com um feito de peso. Uma mulher nas quartas de final de Roland Garros, a última vez que isso aconteceu com um brasileiro foi com o Guga, em 2004, que ele ganhou do Federer, já com o quadril lesionado. E para o tênis feminino, um feito maior ainda, a última vez que a gente teve uma mulher nas quartas de final foi a Maria Esther Bueno, em 1968, e foi um ano que ela perdeu nas quartas." Alexandre Cossenza

Ela vai quebrando barreiras e vai subindo e pode fazer muito mais coisa ainda. Se a gente contar de 1968 para cá, são 55 anos, é muito tempo. Antes da Bia, era inimaginável para o tênis feminino brasileiro, que passou um tempo tão mal tratado, com pouca atenção, mal desenvolvido, sempre ficou meio para escanteio. De uns anos para cá, tivemos a medalha olímpica com a Luisa Stefani e a Laura Pigossi, talvez a medalha mais surpreendente do Brasil nas Olimpíadas." Alexandre Cossenza

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