'Te encontro em Jeddah'

Como Mário Bittencourt foi de estagiário a presidente do Fluminense no Mundial de Clubes

Igor Siqueira e José Ricardo Leite Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ) LUCAS MERÇON / FLUMINENSE

Quando recebeu o UOL na sede do Fluminense, dois dias depois do título da Libertadores, o celular do presidente Mário Bittencourt estava lotado de mensagens elogiosas, que o colocavam em um pedestal alto. Bem alto.

Uma delas era do técnico Odair Hellmann, contratado pelo Flu para o início da temporada 2020, ainda no primeiro dos dois mandatos do presidente atual:

Deus abençoou o grande trabalho que tu fez desde a primeira reunião que te conheci em Teresópolis. Pra mim, tu é, sim, o maior presidente da história do Fluminense. Te encontro em Jeddah".

A referência é à cidade da Arábia Saudita sede do Mundial de Clubes da Fifa 2023. Se Odair cumprirá a promessa de aparecer por lá, não dá para saber ainda. Mas Jeddah é o ponto de convergência das muitas versões de Mário Bittencourt, construídas em uma relação intensa com o Fluminense.

Além de uma vida como torcedor do Flu, paixão herdada do pai, trata-se de uma história de 25 anos. Ela começou com o estagiário no jurídico do clube e nesta reta final de 2023 tem o ápice: presidente na conquista inédita da Libertadores e na disputa do Mundial de Clubes.

Seria mesmo ele o maior?

Mário aponta para um quadro na parede do escritório: "O maior presidente da história do Fluminense é aquele ali", disse, referindo-se a Oscar Cox, fundador do clube.

Mas quando o tempo passar e eventualmente alguém colocar a foto de Mário Bittencourt no museu, o que será contado sobre esse estagiário que virou presidente?

LUCAS MERÇON / FLUMINENSE

Várias pessoas me mandaram mensagem a semana inteira (da final) falando: 'Você sabe que se ganhar, você vai ser considerado o maior presidente da história do clube?' Respondi que só quero ganhar para poder satisfazer o menino de Vila Isabel, que tinha 10 anos de idade e tinha o sonho de ver o Fluminense campeão da Libertadores. Honestamente, é isso.

Mário Bittencourt, Presidente do Fluminense

Eu torço muito para que venha um outro, ganhe três Libertadores, Mundial, Brasileiros, Copa do Brasil. E que eu esteja na arquibancada, comemorando com as minhas filhas, tomando uma cerveja, porque eu quero ser campeão todo ano. Tomara que depois da minha passagem tenha um outro que ganhe muito mais títulos do que a gente está ganhando.

Mário Bittencourt, Presidente do Fluminense

Lucas Merçon/Flumienense

O início por R$ 120

Em 17 de setembro de 1998, a vaga de estágio no jurídico do Fluminense foi preenchida por um rapaz que 15 dias antes completara 20 anos.

Morador de Vila Isabel, Mário Bittencourt era um torcedor acostumado a frequentar a arquibancada do Maracanã para ver o Fluminense jogar. Mesmo quando ir ao estádio parecia péssima ideia.

Em uma tarde ensolarada de sábado, em novembro de 1994, o adversário era o ótimo Palmeiras da era Parmalat. O Fluminense tinha um time modesto. E Mário era um dos 2.949 presentes naquela arquibancada de cimento do velho Maraca. Só que veio a surpresa: voltou para casa comemorando a goleada por 4 a 1, em tarde de dois gols de pênalti de Ezio.

Por essas e outras, ele tem na cabeça um monte de datas históricas, escalações de várias eras do Fluminense e sabe o que fez e onde estava em dias marcantes da trajetória tricolor.

Trabalhar no jurídico do Flu, quatro anos depois, também não parecia a melhor das escolhas. A remuneração era um vale-alimentação: R$ 120 por mês, R$ 10 a menos que o salário mínimo na época. No clube, nada de glamour. Em 6 de outubro, 19 dias depois da contratação daquele estagiário, o Fluminense foi rebaixado à Série C.

"Naquela época, nós tínhamos 10 meses de salário atrasado. Não tinha Lei Pelé. Os jogadores ficavam vinculados ao passe. Era uma situação muito triste aqui em 1998", lembra Mário.

O trabalho no jurídico também não era tão simples, em época sem internet e com processos de papel. O clube às vezes era condenado e nem aparecia no julgamento. Foi então que veio a brecha para desenvolver o caminho profissional que ele seguiria.

"Quando eu cheguei, ninguém fazia a defesa o tribunal esportivo, era tudo julgado à revelia. Como na época a lei permitia que estagiários fizessem, eu coloquei aquilo embaixo do braço e comecei a fazer. Eu que fui para dentro para estudar", explica.

À medida que o curso de Direito avançava, o Flu pulava de divisão. A formatura foi em dezembro de 2000 — o time já tinha sido eliminado nas oitavas da Copa João Havelange. A carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) saiu em 2001, ano em que o Flu foi semifinalista do Brasileirão.

Dali para frente, a versão advogado do Fluminense foi sendo construída ano a ano.

MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE

Time de guerreiros: 'Maior experiência da vida'

Mário Bittencourt abriu escritório próprio de advocacia em 2006 e continuou como prestador de serviço do Fluminense. Virou figurinha conhecida nos tribunais.

"Eu fazia a defesa do profissional, de todos os meninos de Xerém. A primeira vez que eu defendi o Carlos Alberto, inclusive, ele tinha 15 anos. Toda vez que me encontra, fala: 'Esse cara me botou na semifinal da Copa do Brasil'. Por causa da absolvição que consegui em 2007".

Jovem, mas consolidado nesse papel de advogado, Mário Bittencourt teve a primeira chance na gestão do futebol em 2009.

"Eu não entendia o dia a dia de vestiário porque eu nunca tinha estado em um", admite.

Ele virou gerente de futebol, ficando imediatamente abaixo de Ricardo Tenório, vice-presidente da pasta, em mais uma situação adversa do Flu.

"O clube estava caindo para a Segunda Divisão e o Tote Menezes (vice de futebol) na época deu uma entrevista dizendo: 'Já estamos preparando a Série B'. Admitiu o rebaixamento na quarta rodada do returno. Sabe quantos pontos a gente tinha? 16", diz Mário.

A pressão política sobre o presidente Roberto Horcades foi grande. E veio a mudança. Mário entende que entrou no páreo porque era conhecido dos jogadores, já que os defendia nos tribunais e dava palestras sobre possíveis punições, a cada início de temporada.

O Flu estava no sufoco. Mário recebeu até uma ligação do pai, preocupado com o "sim" dado a Horcades. O alerta foi: "Você vai colar o seu nome no rebaixamento".

Mas o técnico Cuca chegou e, depois de cinco jogos oscilando, veio a arrancada histórica do "Time de Guerreiros". Nos últimos 11 jogos, foram sete vitórias e quatro empates.

Aquilo foi a maior experiência da minha vida: gerente de futebol, com 31 anos de idade, de um clube que tinha 99% de chances de cair e se livrou.

LUCAS MERÇON / FLUMINENSE

Motivos para chorar

O ano de 2010 foi muito louco. Minha mãe já estava com um câncer avançado. E ela morreu em 30 de novembro. Foi o dia da eleição do Peter Siemsen. Ela teve um AVC hemorrágico conversando com a médica. Eu estava na eleição e me ligaram para dar a notícia. Ela foi velada no dia seguinte, uma quarta-feira. Só pôde ser cremada na sexta, 3 de dezembro, aniversário do meu pai. E no domingo, dia 5, o Fluminense foi campeão. No minuto de silêncio, teve homenagem para a minha mãe. E eu estava aos prantos no estádio. Na segunda-feira, dia 6, estava eu uniformizado na maternidade para o nascimento da minha primeira filha. Mário Bittencourt

Mário deixou de ser vice de futebol em abril de 2010, após descobrir que seria pai pela primeira vez. O Flu já tinha contratado o técnico Muricy Ramalho e conquistou o Brasileirão.

Ele voltou a ter cargo no futebol em março de 2011. Já sem Muricy, que pediu para sair. Mário era assessor da presidência, mas atuava, na prática, como um gerente de futebol. Fazia viagens, acompanhava o time na Libertadores, etc, e conduziu um afastamento polêmico naquele começo de temporada: o do atacante Emerson Sheik, que cantou a música do Flamengo, "Bonde do Mengão Sem Freio", no ônibus da delegação tricolor.

Em 2012, Sheik ganhou a Libertadores pelo Corinthians e mandou um recado: "Tem muita gente que gosta de mim. Vocês erraram comigo, e hoje sou campeão da Libertadores". O endereço era fácil de saber.

"Hoje, a gente até se fala, numa boa", diz Mário, que deixou a assessoria da presidência em maio de 2011 e voltou a ser apenas advogado do Fluminense nos anos seguintes.

Armando Paiva/Fotoarena

Julgamento da Portuguesa: impulso para a fama

A banda de rock Guns N' Roses fez um show no Rio em março de 2014. Fã de Axl Rose e seus companheiros, Mário Bittencourt foi curtir com a mulher e outro casal amigo, o goleiro Ricardo Berna e a sua respectiva. Na roleta, reparou que tinha dois caras conversando entre si:

-- Será que é ele? É ele.
-- Não é possível, o cara tá de bermuda aqui -- respondeu o amigo.

Quando passou pela catraca, um dos rapazes perguntou: "Você é o advogado do Fluminense? Posso tirar uma foto?"

O sujeito era vascaíno, inclusive. Mas foi nesse episódio que Mário Bittencourt percebeu que um julgamento em dezembro o tinha colocado como uma figura muito mais conhecida no meio do futebol.

O caso em questão envolveu o rebaixamento da Portuguesa. O Fluminense caiu no campo, mas as escalações irregulares de Hérverton, atacante da Lusa, e também André Santos, lateral-esquerdo do Flamengo, não só tiraram o Flu da degola, como colocaram o time à frente do rival na classificação final do Brasileirão 2013. O Flu entrou como terceiro interessado no processo da Portuguesa e quem fez a sustentação no STJD foi Mário Bittencourt.

"Aquele é o segundo julgamento mais visto da história do Brasil. O primeiro foi o do Mensalão", diz o presidente tricolor.

Quando o caso estourou, Mário passou a aparecer em programas de TV, defendendo a tese de que a Portuguesa tinha, sim, cometido um equívoco e deveria perder os pontos.

No julgamento, embora não esperasse tamanha repercussão e a transmissão na TV, veio uma das tiradas que ficaram famosas. Era um trecho do livro "O Pequeno Príncipe", em que um dos personagens conclui o diálogo com o protagonista dizendo: "Regulamento é regulamento".

Detalhe, não foi a primeira vez.

"Eu tinha citado em 2009, com 15kg a menos e sem barba. Foi no julgamento do caso Jefferson, do Vasco, quando tiramos seis pontos deles por escalação irregular e o Fluminense se classificou para a semifinal da Taça Guanabara".

Embora a citação fosse repetida, o ganho político e midiático, sim, foi inédito até então.

Nelson Perez / Fluminense

Como se virar sem a Unimed?

Depois de uma viagem com a mulher a Campos do Jordão (SP), em maio 2014, Mário Bittencourt recebeu uma ligação do então presidente do Flu, Peter Siemsen, e de Celso Barros, que presidia a Unimed-Rio, principal patrocinadora tricolor.

O Brasileirão estava no início e o clima contra o Fluminense era de 19 torcidas contra uma, pelo que ocorrera no ano anterior no STJD. O pedido de Peter e Celso era que o advogado assumisse a vice-presidência de futebol, após a saída de Ricardo Tenório.

"Pô, não faz isso comigo não", foi a primeira reação de Mário. Mas ele acabou aceitando e foi comunicado que trabalharia com um diretor executivo que se tornaria crucial, no futuro, para o título da Libertadores e a chegada ao Mundial: Paulo Angioni.

"Aí começa a minha relação com o Paulo. A gente carregou o time em 2014 até dezembro, ficamos em sexto no Brasileiro", lembra Mário.

Angioni estava de saída para o Vasco e, como se não bastasse, o Fluminense sofreu em dezembro um abalo significativo na estrutura: o fim da parceria com a Unimed.

"O investimento cai absurdamente. A gente perdeu 13 jogadores. Foi um esforço para manter Fred, Cavalieri, Gum. E o time fica recheado de meninos, como Scarpa, Gerson e Kennedy", conta ele.

Em setembro daquele ano, uma tentativa arriscada para tentar amenizar a queda de desempenho do time: Ronaldinho Gaúcho. Não deu certo em campo.

O tricolor terminou em 13º, sem brilho, mas ainda na primeira divisão. O Vasco, por exemplo, caiu. Mário enxerga a campanha de sobrevivência como uma ponte para o que viria a seguir.

"Como vice de futebol, eu dava entrevista uma vez por semana. Aí você começa a aparecer, ser visto. Eu fui o vice que suportou a saída da Unimed, e o medo em 2015 era a gente cair, porque tinha acabado o dinheiro. Houve a reconstrução. Aí, as pessoas começaram a dizer que eu poderia ser o sucessor do presidente".

MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

De advogado a presidente

A temperatura política subiu no Fluminense em 2016. Mário foi exonerado do cargo de VP de futebol e começou a transformação em um agente político, propriamente. Foi naquele ano que deixou de ser o advogado do Fluminense.

"Fiquei muito chateado pela maneira que eu fui tirado. Aí falei: 'Vou me candidatar à presidência do Fluminense esse ano'. Ter sido tirado do futebol naquele momento me deu combustível para que eu pudesse me candidatar".

Só que as vitórias nos tribunais não se repetiram nas urnas, na primeira tentativa. Perdeu para Pedro Abad, candidato de Peter Siemsen. Mas viu o copo meio cheio ao terminar em segundo colocado, superando até Celso Barros.

"Depois, montei um grupo de apoiadores políticos. Relancei a candidatura em 2019, ganhei a eleição, fiz a gestão, fui reeleito em 2022 e estamos aqui", resume.

Não foi tão simples. Mas o presidente do Fluminense diz que atingiu a relevância no cenário político do clube por dar voz ao torcedor, sem ataques pessoais a adversários, com discussão de ideias. Mas houve, sim, rupturas: Celso Barros foi seu vice na chapa eleita em 2019 e rompeu com Mário ainda durante o mandato.

Nesse período, também teve pandemia, ajustes de contas, erros e acertos em contratações, apostas e uma consciência de que era preciso colocar os pés no chão para chegar longe.

Mário diz que na parede de casa pendurou uma entrevista que deu em agosto de 2020, na qual disse que a solução para o Fluminense naquele momento era vender jogadores para pagar as dívidas. A meta esportiva? Classificar para a fase pré-Libertadores.

"O quadro fica do lado da minha churrasqueira, e todas as vezes na gestão que eu faço dificuldades, eu vou lá e olho pra ela. E eu digo: 'Era isso aí que eu tinha que fazer'".

Bitcoin ou Pavão?

NELSON PEREZ/FLUMINENSE

Em 2020, diante do volume de contratações que o Fluminense fez, a torcida ficou empolgada e apareceu um apelido que usa criptomoeda como trocadilho para virar sobrenome do dirigente. Até o meia Nenê brincou com Mário durante a apresentação de Egídio e Yago Felipe. "O Mário Bitcoins é uma coisa de adolescente. Foi criado por um garoto que eu nem conheço. Que fez um vídeo, eu descobri esse vídeo pela minha filha, inclusive. Ele fez uma música, não sei se você já viu. Me botou esse apelido".

LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE FC

Mas Mário tem um apelido pejorativo, que cutuca o seu lado mais vaidoso. "Eu acompanho muito a minha rede social. Não gosto muito, mas acompanho. Essa questão do pavão é uma coisa totalmente da oposição, da política do clube. No início, me incomodava um pouco, porque eu achava que era geral. Que era uma coisa grande. Depois, teve uma coletiva que eu dei na FluTV: foram 3 mil comentários me chamando de pavão. E a gente descobriu que era tudo robô, montado pelos caras da oposição".

Eu faço churrasco, toco violão, jogo futebol com meus amigos. Vejo o Fluminense, jogo meu futebol e sou amigo dos mesmos amigos há 40 anos. Eu sou um cara simples. Os funcionários fazem churrasco aqui, eu vou lá e faço churrasco com meus funcionários. Isso às vezes incomoda as pessoas. Toco pandeiro, vou para a Mangueira. Eu faço tudo o que eu gosto.

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense

MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE

'Todo título importa'

A gestão Mário Bittencourt se deparou com tropeços na Libertadores, principal objetivo do clube — por mais que a desvantagem financeira fizesse a taça parecer um objetivo quase impossível. Para o mercado externo, tratava-se de um dirigente interessado em discussões como a da liga, mas não necessariamente no panteão dos campeões.

Mas a Libertadores não saiu da plataforma de campanha, sobretudo da segunda, e nem do planejamento da diretoria tricolor.

A equação para dar certo passou por um treinador com profunda identificação e com estilo de jogo que gerou uma simbiose no grupo. Foi o caso de Fernando Diniz, que sentiu o desejo de voltar ao tricolor e viu em Mário a abertura para isso.

E também na montagem do elenco. Além dos jovens que saem de Xerém em profusão, o clube passou a olhar para nomes mais cascudos. Além de Ganso, vieram Cano, Fábio, Felipe Melo e Marcelo.

"Eu estava explicando isso pra minha filha de 13 anos. Esse título é espetacular. É um título único. Eliminamos só campeões da Libertadores. A gente ganha no Maracanã, na nossa cidade, com gol do garoto Xerém, do Boca Juniors. Esse título tem uma série de componentes que não é só o fato de ser a Libertadores", diz ele.

Mas tem um detalhe que o dirigente aprendeu dos jogadores. Inclusive com Felipe Melo — de quem Mário aprendeu também a imitar a voz para contar causos irreverentes. Mas o relato seguinte é sério.

A Taça Guanabara de 2022 estava colocada no centro da roda dos jogadores, e o experiente zagueiro pediu a palavra.

"'Qual o nosso título mais importante?' Aí todo mundo ficou olhando. Ele falou: 'Esse aqui que a gente ganhou hoje. E agora é o próximo'. Depois, a gente ganhou o Estadual. O título mais importante é sempre o próximo, por isso que o Fluminense é gigante, porque todos os títulos que ganhou são importantes", afirmou Mário.

MARINA GARCIA//FLUMINENSE

Fluminense do futuro próximo

Mas e se a bola do John Kennedy não entrasse?

Mário: "A única coisa que me agoniava nessa final, a única coisa que eu pensava o tempo inteiro, é que tinha muita coisa envolvida do ponto de vista estrutural do clube, entendeu? Essa vitória é muito importante para que o clube siga a sua reconstrução".

Vai além de um título, né?

Mário: "A gente vai disputar dois Mundiais, uma Recopa. A gente vai disputar outra Libertadores. Então, assim, isso é muito importante para nós. E eu não falo só de questão financeira. É posicionamento da marca. Reconhecimento internacional. É o nosso torcedor engajado até o Mundial de 2025".

O que fazer em 2024, então?

Mário: "Cara, eu acho que a gente tem que aproveitar isso de maneira inteligente, continuar montando bons times, continuar disputando todas as competições. Depois temos a Taça Guanabara do ano que vem, vamos buscar o Estadual, a Recopa, vamos buscar o bicampeonato da Libertadores, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro. O trabalho tem que continuar. A gente tem que querer ser bicampeão da Libertadores, ganhar mais uma Copa do Brasil".

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