Topo

Scheidt diz que mudará de classe, mas deixa futuro olímpico em aberto

Bicampeão olímpico, Robert Scheidt buscou na Tóquio-2020 sua sexta medalha Imagem: Daniel Varsano/COB

Adriano Wilkson

Do UOL, em Tóquio

01/08/2021 04h20

Robert Scheidt finalizou neste domingo (1) a sua sétima participação nos Jogos Olímpicos, sem conseguir medalha em Tóquio. Ele terminou em 9º na "medal race", a última regata da classe Laser, e ficou na 8º posição geral. O ouro ficou com o australiano Matt Wear, a prata ficou com croata Tonci Stipanovic e o bronze foi do norueguês Hermann Tomasgaard.

Dos três pódios olímpicos que Scheidt conquistou na carreira, três foram na classe Laser, a mesma na qual competiu no Japão. Questionado, o paulista preferiu não afirmar se essa foi sua última jornada olímpica. Mas ele disse que se for a Paris, provavelmente irá com outro tipo de barco —ele já saiu da classe antes: em Pequim-2008 e Londres-2012, foi o representante do Brasil na classe Star, um barco para dois tripulantes (ele velejou ao lado de Bruno Prada).

Relacionadas

"Na classe Laser dificilmente vou continuar, tenho uma história muito linda com a classe, já fiz dois retornos, em 2005 e agora em 2021. Minha história no Laser a nível olímpico termina aqui. É um barco que está no meu coração para sempre", disse. Nesta categoria ele conquistou o ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, além da prata em Sydney-2000. As três medalhas olímpicas se juntam a doze títulos mundiais.

Em Tóquio, ele chegou à regata da medalha ainda com chances matemáticas, mas não conseguiu um bom desempenho.

O brasileiro explicou os motivos para que o barco, que tanto lhe acompanhou, não fazer mais parte do planejamento. "É uma classe que é difícil, muito física. Estou com 48 anos de idade, já participei de cinco Olimpíadas nessa classe. Já foi um grande desafio participar dessa Olimpíada e estar na forma que eu estou aqui hoje. Vamos torcer para gente conseguir ter uma nova geração de velejadores de Laser aí para me substituir", comentou.

O futuro de Scheidt nos Jogos é incerto. Presente na delegação brasileira desde 1996, ele não confirmou - nem negou - se disputará vaga às Olimpíadas de Paris-2024. "Com relação a outras classes é difícil dizer, é difícil responder hoje porque eu ainda estou com esse turbilhão do que aconteceu aqui essa semana e hoje. Vamos parar e pensar um pouco, mas acho que sete participações já é um já é um número bastante bom", brincou.

"Eu não vou mais falar que eu vou parar porque duas vezes eu já falei e eu voltei, então eu acho errado eu falar de novo que eu vou parar e depois eu voltar. Prefiro não declarar, nem pelo sim nem pelo não", completou.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Scheidt diz que mudará de classe, mas deixa futuro olímpico em aberto - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Olimpíadas 2020