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De 'maior chapéu da história' a Caio Paulista: a rivalidade no Choque-Rei

Cafu em ação pelo Palmeiras Imagem: Antonio Gaudério/Folha Imagem

Do UOL, em São Paulo

29/04/2024 04h00

O Choque-Rei desta segunda (29), às 20h, traz um retrospecto recente agitado, tanto dentro quanto fora de campo, mas o clássico entre São Paulo e Palmeiras já é quente por si só. O UOL relembra abaixo alguns momentos marcantes entre os rivais.

Chapéu histórico, revide e Caio Paulista

Os vizinhos de CT protagonizaram um episódio emblemático no extracampo: o "chapéu" envolvendo Cafu. Em 1994, o lateral-direito foi vendido pelo São Paulo ao Zaragoza, da Espanha, com uma cláusula contratual para evitar uma repatriação por outro time paulista: multa de US$ 3,6 milhões. O termo era para ser uma retaguarda após o zagueiro Antônio Carlos ser comprado pelo Alviverde meses após ter saído do Tricolor para o futebol espanhol.

O Palmeiras contou com a ajuda de um "laranja" para burlar o acordo do rival e contratar o jogador. A Parmalat, que também patrocinava o Juventude, usou o clube gaúcho para assinar um contrato mínimo com Cafu. O atleta ficou menos de um mês por lá, atuou por três partidas e na sequência foi cedido para o então clube do Parque Antarctica, gerando ira no time do Morumbi.

20 anos depois, o São Paulo deu uma espécie de troco ao assinar com Alan Kardec. O atacante estava no Palmeiras e negociava uma renovação contratual com o clube, mas foi seduzido pelo Tricolor e pulou o muro. O presidente palestrino na época, Paulo Nobre, reclamou de ter o negócio atravessado, e recebeu a famosa resposta de Carlos Miguel Aidar: "O choro é livre".

Caio Paulista trocou o São Paulo pelo Palmeiras no início deste ano Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

O caso de Caio Paulista foi o último capítulo desses bastidores agitados. O São Paulo dava como certa a compra do lateral-esquerdo, que esteve emprestado pelo Fluminense ao Tricolor no ano passado, mas as tratativas esfriaram e o Palmeiras entrou na jogada. O Alviverde convenceu o jogador, fechou o contrato e fez o anúncio da transferência recheado de provocações. O episódio até estremeceu a relação entre Leila Pereira e Julio Casares.

Antes, vale lembrar, o Palmeiras também levou a melhor na contratação de Dudu — em um chapéu duplo, inclusive. Em janeiro de 2015, o jogador esteve em negociações com o Corinthians e ficou muito perto de reforçar o São Paulo, mas o clube palestrino acabou selando o negócio.

Confusões em campo

O duelo também costuma ser pegado dentro de campo, com direito a disputa por títulos nas últimas temporadas. Os rivais se enfrentaram em finais do Paulistão e, neste ano, duelaram pela taça da Supercopa do Brasil.

Abel Ferreira, do Palmeiras, encara Calleri, do São Paulo, em jogo pelo Brasileirão Imagem: Mariana Kasten/AGIF

O atrito entre Abel Ferreira e Calleri é um exemplo recente e quente. Durante o Choque-Rei de junho de 2023, o técnico palmeirense peitou o atacante são-paulino após uma jogada, ambos ficaram com os rostos separados por milímetros e a cena quase escalou.

A polêmica do "chororô" entre Valdivia e Rogério Ceni também alimentou a rivalidade na última década. Tudo começou com a comemoração provocativa do chileno na vitória do Palmeiras por 4 a 1, em 2008, e teve sequência com pedido de silêncio e um quase pontapé em jogos seguintes.

O clássico já foi palco até de uma briga generalizada no gramado, no Palmeiras 2 x 2 São Paulo de 1994. Naquela partida, Edmundo foi expulso após cometer uma falta e deu início a uma pancadaria entre os jogadores após trocar agressões com Juninho Paulista e André.

O Choque-Rei ainda presenciou uma tragédia em uma decisão das categorias de base. No episódio conhecido como 'Batalha do Pacaembu', em 1995, torcedores dos dois times invadiram o campo e transformaram o estádio em cenário de guerra, resultando em dezenas de feridos e em uma morte.

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