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CBF tem dia quente: interventor avalia cartola de SP cuidando da seleção

Os bastidores do futebol brasileiro estão movimentados com a mudança de gestão na CBF. Isso desencadeia não só uma articulação política, mas também mantém viva a disputa na Justiça que ganhou corpo na semana passada.

Reinaldo na boca do povo

A CBF está sob o comando de José Perdiz, interventor nomeado pela Justiça do Rio para conduzir o processo eleitoral, após o afastamento do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e de todos os vices eleitos com ele.

O nome de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, circulou em duas frentes ontem: uma foi na aproximação junto a Perdiz para cuidar da seleção enquanto o mandato do interventor acontecer.

A outra foi como possível candidato na futura eleição. Reinaldo chegou a tentar se eleger em 2018, mas, sem apoio de Marco Polo Del Nero contra Rogério Caboclo, não formalizou candidatura.

Quem também se aproximou de Perdiz para esse período transitório na CBF foi Caio Rocha, ex-presidente do STJD, que atuaria como um secretário-geral. Hoje, quem ocupa a função na CBF é Alcino Reis Rocha.

Há uma discussão fora da CBF se Perdiz poderia nomear membros para diretoria ou não. A decisão do TJ-RJ diz que ele seria nomeado para conduzir o processo eleitoral e pagar as contas para manter a entidade em funcionamento.

No STJD, passagem de bastão

Perdiz se licenciou da presidência do STJD para ficar só na CBF nesse período e deixou o comando do tribunal com o vice, Felipe Bevilacqua.

O interventor foi à sede da entidade e começou a tomar pé do ambiente para iniciar o trâmite que culminará na convocação da eleição em até 30 dias úteis — ou seja, até a semana de 22 de janeiro. Ednaldo, inclusive, estava lá. A CBF formalmente está em recesso, sem expediente dos funcionários.

Quem recorre?

Na Justiça, foi um dia de recursos e petições no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Enquanto Ednaldo tenta derrubar a decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) que o tirou do poder, outros vices de gestões anteriores, como Gustavo Feijó e Castellar Neto, reforçam o coro pela manutenção da medida tomada na semana passada.

Fernando Sarney, vice da CBF destituído com Ednaldo, teve negado pelo STJ um pedido de efeito suspensivo da decisão da Justiça do Rio. Ele deu um voo solo para tentar voltar ao cargo.

E Ednaldo?

Enquanto aguarda um desfecho do caso, Ednaldo segue no Rio e também tenta se articular para a eleição. Ontem, ele teve conversa, por exemplo, com o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos.

Reinaldo foi um dos vices eleitos na chapa com Ednaldo que perderam o cargo por causa da decisão do TJ-RJ.

O presidente afastado tem alguns aliados próximos, como Ricardo Lima, presidente da Federação Bahiana e concunhado de Ednaldo.

E a oposição?

Na oposição, especulações sobre possíveis candidatos. Mas nada fechado ainda. Quem surge no páreo é Flavio Zveiter, que chegou a fazer parte da gestão Ednaldo, como vice-presidente de desenvolvimento e projetos, mas deixou a CBF.

Os clubes têm conversado entre si sobre o cenário na CBF, mas a postura agora é de cautela para ver se a decisão judicial vai se consolidar e o próximo passo será mesmo uma nova eleição.

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