Trégua para time do Botafogo dura pouco em meio a clima eleitoral
Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)
23/11/2020 04h00
A esperança da torcida do Botafogo e a trégua na relação com a diretoria após o acerto com o argentino Ramón Díaz deram espaço à preocupação após duas rodadas. As derrotas para Red Bull Bragantino e Fortaleza, em casa, fizeram a situação do Alvinegro no Campeonato Brasileiro ficar difícil e a pressão voltar à pauta em General Severiano.
Os resultados ruins em campo a penúltima colocação na competição, inclusive, acontecem em meio a um momento em que os bastidores também estão agitados. Amanhã (24), os sócios escolhem o novo presidente do clube em eleição com acusações mútuas entre as chapas e discussões sobre o futuro do Glorioso.
Ainda na noite de ontem (22), torcedores iniciaram um movimento pelas redes sociais para realizar um protesto em frente à sede durante o pleito, salientando o fato de o evento ter a presença dos dirigentes.
Um dos assuntos mais comentados no Botafogo ao longo do ano foi a transformação do departamento de futebol em S/A, que ainda não foi concretizado. Em crise financeira, uma queda pode ser um grande obstáculo para os planos do clube.
Emiliano Díaz, filho e auxiliar de Ramón Díaz — que se recupera de uma cirurgia —, admite que o cenário atual não é favorável e já indica até mesmo uma projeção na luta pela permanência na Série A, mas ressalta a confiança no elenco. Ele apontou ainda que o momento é de "falar pouco e trabalhar muito".
"Sabíamos que a situação era complicada quando chegamos aqui. E que seria necessário trabalhar em todos os aspectos táticos, físicos, psicológicos. Então, o único que resta é trabalhar, trabalhar. Acredito na nossa capacidade, na nossa forma de trabalhar. Falar pouco e trabalhar muito. Principalmente pelo Botafogo, que confiou em nós. Não tenho dúvida que vamos sair dessa", disse, em entrevista coletiva após o revés para o Fortaleza.