Chefe do futebol inglês renuncia após declaração considerada racista
Do UOL, em São Paulo
10/11/2020 15h27Atualizada em 10/11/2020 15h33
Greg Clarke, então presidente da FA (The Football Association), entidade que comanda o futebol na Inglaterra, renunciou ao cargo após declarações consideradas racistas por entidades inglesas.
Clarke se referiu a jogadores negros afrodescendentes como "atletas de cor" hoje pela manhã em uma palestra no parlamento inglês direcionada a um comitê focado em diversidade.
Horas depois, ele anunciou sua renúncia ao cargo e se desculpou por ter ofendido pessoas negras em sua fala.
As minhas palavras inaceitáveis perante o Parlamento foram um péssimo serviço para o nosso jogo e para aqueles que o assistem, jogam, arbitram e administram. Isso cristalizou minha decisão de seguir em frente.
Estou profundamente triste por ter ofendido essas diversas comunidades no futebol que eu e outros trabalhamos tanto para incluir.
Gostaria de agradecer aos meus amigos e colegas do jogo pela sabedoria e pelos conselhos que compartilharam ao longo dos anos e renunciaram à federação imediatamente.
Em seguida, a FA também publicou uma nota sobre a saída de Clarke e disse estar alinhada com as pautas de diversidade.
"Gostaríamos também de reafirmar que, como organização, estamos absolutamente comprometidos em fazer tudo o que pudermos para promover a diversidade, abordar a desigualdade e combater todas as formas de discriminação no jogo", informou a nota.
Peter McCormick assumiu a função de presidente interino e a FA deve iniciar o processo para eleger um substituto para o Claker ainda esta semana.