Em atrito com CR7, ministro italiano diz: 'Não pode ser arrogante e mentir'
Do UOL, em São Paulo
16/10/2020 17h41
O ministro italiano dos Esportes, Vincenzo Spadafora, voltou a criticar a suposta violação do protocolo de saúde do português Cristiano Ronaldo na Itália. Spadafora afirmou que jogadores não podem ser "arrogantes e mentirosos".
Em declarações à agência ANSA, o político afirmou: "A notoriedade e habilidade de certos jogadores não os autorizam a ser arrogantes, desrespeitosos com as instituições e a mentir: pelo contrário, quanto mais se conhece, mais se deve sentir a responsabilidade de pensar antes de falar e dar o bom exemplo".
Na quinta-feira, o ministro disse que o craque da Juventus poderia ter violado o protocolo anticovid ao retornar de Portugal para Turim após o testar positivo para o novo coronavírus.
"Sim, acredito nisso, não houve autorização específica das autoridades de saúde", respondeu Spadafora à Rai Uno quando questionado se o jogador violou os protocolos italianos de combate à pandemia.
Cristiano Ronaldo respondeu às críticas e afirmou nas redes sociais que não descumpriu o protocolo.
"Estou em quarentena obrigatória (...), respeitando as leis, regras, protocolos e não quebrei o menor protocolo", afirmou o jogador da Juventus em vídeo publicado no Instagram.
O português disse ter "feito tudo certo" ao organizar o seu regresso à Itália num "avião médico", uma ambulância e evitando qualquer contato, "tudo com as autorizações pertinentes".
"Um homem cujo nome não vou dizer, aqui na Itália (...) diz que não respeitei o protocolo. É simplesmente uma mentira. Respeitei e irei respeitar todos os protocolos", afirmou.
Hoje, Spadafora afirmou que não pretende se manifestar mais sobre o caso, mas que mantém a afirmação que Cristiano Ronaldo não cumpriu os protocolos sanitários.
"Não tenho intenção de continuar indefinidamente neste assunto: confirmo o que disse antes sobre o abandono do hotel por alguns jogadores da Juventus, com base, entre outras coisas, nas comunicações com as autoridades de saúde de Turim. Ao abandonar Itália sem a devida autorização, os protocolos foram violados", disse.