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Dirceu Lopes teve fábrica de calças jeans. Fechá-la doeu como corte em 1970

Imagem: Igor Sales/Cruzeiro

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

12/07/2020 04h00

Dirceu Lopes é um dos grandes ídolos da história do Cruzeiro. Campeão da Libertadores com a equipe em 1976, o "Príncipe" foi convidado a assumir a coordenação das categorias de base pela gestão que assumiu o clube depois do rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

"Eu fiquei muito agradecido com o convite. É uma coisa que eu gostaria de fazer e nunca tive oportunidade. Trabalhar com jovens e adolescentes é uma coisa que eu gosto bastante", disse Dirceu ao UOL Esporte.

Abertamente cruzeirense, o ex-meia acredita no retorno imediato do clube mineiro para a elite do futebol brasileiro. Por causa de uma dívida na contratação do volante Denílson, o Cruzeiro começará a Série B com quatro pontos negativos.

Sérgio Santos Rodrigues, presidente do Cruzeiro, e Dirceu Lopes Imagem: Igor Sales/Cruzeiro

"Eu como torcedor senti muito o que aconteceu com o Cruzeiro. Mas estou confiante com a nova gestão. O Cruzeiro vai voltar a primeira divisão do futebol brasileiro já no ano que vem", continuou.

Dirceu atuou pelo Cruzeiro entre 1964 e 1976. No período, além da Libertadores, conquistou o Brasileiro de 1966 e noves vezes o Campeonato Mineiro. Foi no clube mineiro que o "Príncipe" levou duas vezes o prêmio Bola de Prata (1970, 1971 e 1973) e uma Bola de Ouro (1971), da revista "Placar".

Depois do futebol, Dirceu teve fábrica de jeans

Ao deixar o Cruzeiro, Dirceu passou por Fluminense, Uberlândia, Democrata-GV e Democrata-SL antes da aposentadoria. Quando a chuteira foi pendurada, o meia decidiu apostar em calças, mais especificamente, de jeans.

"Eu decidi criar a fábrica por pressão do meu pai e do então prefeito aqui de Pedro Leopoldo (MG), César Julião de Sales, que era muito amigo nosso. Eles ficavam falando que eu tinha que aproveitar a fase do futebol e montar algum negócio próprio. Ele me doou um terreno aqui na cidade e eu acabei montando a fábrica".

A fábrica "Dilom", uma junção das iniciais de Dirceu Lopes Mendes, foi criada na parte final da carreira dele e existiu até o início dos anos 1990.

"A crise que teve no início dos anos 1990 me fez fechar a fábrica. Os juros foram lá para cima e muita empresa não aguentou. Foi uma coisa pavorosa. O fechamento da fábrica e o corte da Copa de 1970 foram os grandes golpes da minha vida", completou.

Dirceu Lopes era presença constante nas convocações da seleção brasileira antes da Copa de 1970, quando o técnico ainda era João Saldanha. Com a entrada de Zagallo como comandante, o meia acabou ficando de fora do elenco que conquistou o tricampeonato mundial para o Brasil.

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