Como Atlético-MG pagará empréstimo usado para quitar dívida por Maicosuel
Thiago Fernandes
Do UOL, em Belo Horizonte
10/05/2020 04h00
Resumo da notícia
- Atlético-MG definiu a contrapartida para quitar o crédito contraído com a família Menin e Ricardo Guimarães para pagar a compra de Maicosuel
- O empréstimo de cerca de R$ 4,4 milhões será pago apenas com correção monetária aos credores
- Não haverá cessão de direitos econômicos de jogadores no negócio
- As partes não confirmam, mas o valor será quitado como empréstimo direto
- Há uma cláusula de confidencialidade que impede a divulgação dos termos discutidos em contrato
O crédito contraído pelo Atlético-MG com a família Menin e Ricardo Guimarães para quitar a dívida de R$ 13,4 milhões pela compra de Maicosuel já tem contrapartida definida. O empréstimo de cerca de R$ 4,4 milhões será pago aos credores apenas com correção monetária. Assim, não haverá cessão de direitos econômicos de jogadores no negócio.
A diretoria atleticana e os responsáveis pela linha de crédito não confirmam oficialmente, mas o valor será quitado como empréstimo direto. A dupla foi escolhida pelo bom relacionamento e pela eventual flexibilidade para o pagamento.
Há uma cláusula de confidencialidade que impede a divulgação dos termos discutidos em contrato. Portanto, Atlético e credores estão proibidos de detalhar o acordo à imprensa.
O valor deve aparecer na prestação de contas do clube no próximo ano. Não é a primeira vez que o Atlético recorre aos conselheiros Rafael Menin, Rubens Menin e Ricardo Guimarães para quitar débitos. Como mostrou o blog do Juca Kfouri, a prática é comum desde a gestão de Alexandre Kalil, entre 2008 e 2014.
O UOL Esporte consultou Rubens Menin para ratificar a contrapartida. O empresário, sócio da MRV Engenharia, se manifestou e negou que haja envolvimento de direitos econômicos de jogadores "Não tem nada disso".
Perguntado na sequência sobre a contrapartida, o conselheiro do Atlético explicou: "Deixa eu te falar, essas informações eu não posso dizer, porque elas são confidenciais".