Justiça anula manobra de Wagner Pires para impedir votação no Cruzeiro
Enrico Bruno e Thiago Fernandes
Do UOL, em Belo Horizonte
10/10/2019 17h24
Um grupo de 44 pessoas, entre conselheiros e associados do Cruzeiro, obteve uma liminar para anular a Assembleia Geral marcada por Wagner Pires de Sá. O evento, agendado para o dia 21 de outubro, foi a estratégia utilizada pelo mandatário para evitar uma reunião extraordinária marcada para o mesmo dia e que decidirá pelo seu afastamento ou não da instituição.
"Nós suspendemos a Assembleia Geral do Wagner [Pires de Sá]. Votação do afastamento mantida, entramos com a ação hoje e já conseguimos a suspensão. Então, a Assembleia Geral do Wagner foi suspensa", disse Kris Brettas, advogado do grupo, ao UOL Esporte.
No início de outubro, Zezé Perrella, presidente do Conselho Deliberativo, oficializou a convocação de uma reunião extraordinária para decidir o afastamento do presidente, além dos seus vices, Hermínio Lemos, Ronaldo Granata e Itair Machado. Como se trata da possibilidade de um afastamento, e não um impeachment, basta que a votação tenha 'metade mais um' dos votos a favor para que Wagner deixe o cargo temporariamente. Se isso acontecer, um conselho gestor será formado para administrar o clube.
Em resposta à convocação do Conselho, Wagner marcou uma Assembleia Geral para o mesmo dia da reunião extraordinária. A estratégia causou descontentamento da oposição, que alegou falta de poderes do presidente para agendar a Assembleia, além de acusar o mandatário de tentar esvaziar e inviabilizar a votação.