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Mineiro confirma fama de Cuca de 'arrumar' times no intervalo dos jogos

Cuca defende a "conversa natural" no vestiário para acertar o time entre os tempos - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Cuca defende a "conversa natural" no vestiário para acertar o time entre os tempos Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

20/05/2013 17h10

O técnico Cuca ganhou ao longo da sua carreira o “rótulo” de conseguir arrumar, no vestiário, suas equipes, quando elas fazem um primeiro tempo ruim. Diante do Cruzeiro, na final do Campeonato Mineiro, domingo, o treinador mais uma vez mostrou seu poder para consertar o time mineiro e conseguiu fazer com que a equipe apresentasse um futebol bastante diferente na segunda metade da partida. Não evitou a derrota, mas o placar adverso, por 2 a 1, garantiu o título ao alvinegro mineiro.

O treinador reconhece que o rendimento do Atlético-MG no primeiro tempo foi bem aquém do esperado, quando saiu perdendo por 2 a 0, com dois gols de pênalti marcados por Dagoberto. “Chegamos ao limite da conquista ou não, da vantagem que a gente tinha, tínhamos 3 a 0, o Cruzeiro fez 2 a 0 e nós não jogamos bem, ainda que o Fábio tenha pego umas bolas boas”, analisou.

O segundo tempo foi diferente. O Atlético criou uma série de chances de gols, fez um de pênalti, por meio de Ronaldinho, e comemorou o título. “A conversa foi natural, voltamos para o segundo tempo e iríamos perder o título, pois não fizemos o que a gente faz, não estava passando da linha da bola, marcando, foi isso que falamos, o Atlético voltou muito bem, fez um grande segundo tempo, administramos a vantagem do 2 a 0, placar agregado 4 a 2, foi merecido (o título)”, afirmou.

O capitão Réver revelou que deu bronca nos companheiros e pediu mais atenção e vontade da equipe nos vestiários. O zagueiro afirmou que Cuca teve importância para arrumar o time taticamente e assim o Atlético segurou a pressão do adversário e chegou ao gol que garantiu o título, nos pés de Ronaldinho Gaúcho.

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  • Marcos Desimoni/UOL

“Não foi só o Réver que cobrou, todo mundo queria vencer, todo mundo cobrou e conseguimos acertar a equipe junto com o treinador, no intervalo, para que pudéssemos sair com o título e foi isso que aconteceu”, disse Réver.

Ronaldinho Gaúcho também pediu a palavra e cobrou felicidade e vontade dos amigos. O atacante Luan, que sofreu o pênalti no segundo tempo, que freou o Cruzeiro, reconheceu que a cobrança interna foi decisiva. “Conversamos bastante e decisão não se pode entrar daquele jeito, a conversa foi importante para voltar atento e dar o título para o Galo”, observou.