Pilotos pressionam FIA para ter cockpits fechados a partir do ano que vem
Os pilotos da Fórmula 1 estão pressionando os dirigentes para que a categoria aumente a proteção dos cockpits e adote pneus de melhor performance já a partir do ano que vem. Apesar da discussão dos cockpits fechados estar em pauta há anos, o presidente da associação dos pilotos, Alex Wurz, afirmou que todos concordaram com a implementação de algum tipo de proteção em 2017.
A Federação Internacional de Automobilismo tem estudado formas de proteger a cabeça dos pilotos, seja fechando totalmente o cockpit, seja criando estruturas para gerar um nível de segurança maior. Os estudos se intensificaram depois do acidente fatal de Jules Bianchi, no GP do Japão de 2014. Pouco tempo depois, o britânico Justin Wilson também morreu, na Fórmula Indy, após ser atingido na cabeça por destroços.
Após vários testes, os pilotos aprovaram uma solução apelidada de ‘halo’, com dois ‘braços’ curvados na frente da cabeça. “A pesquisa dos especialistas da FIA é muito abrangente e o processo trouxe à tona uma solução clara”, defendeu Wurz à BBC. “Agora os pilotos sentem que chegou o momento de implementar essa proteção extra no máximo em 2017.”
A ideia deve ser discutida juntamente das medidas que serão tomadas para aumentar o nível de competitividade dos carros.
“Obviamente, seriam necessárias mudanças estruturais no chassis mas, com quase um ano faltando, não vejo ninguém falando nada contra melhorias tão substanciais de segurança, especialmente pelos últimos acidentes graves terem envolvido lesões cerebrais. Então todos os pilotos e eu esperamos que a aprovação dessa proteção adicional seja apenas uma formalidade.”
O segundo ponto pedido pelos pilotos é em relação aos pneus. A Pirelli entrou na F-1 em 2011 cumprindo com a expectativa de criar pneus de alta degradação, para dar mais emoção às corridas. Mas os pilotos pedem uma mudança de postura, pois querem poder atacar do começo ao fim das corridas.
“Os pilotos deixam claro que eles adorariam que a Pirelli produzisse um pneu que fosse mais rápido nas curvas e que fosse seguro. Se os pneus forem aderentes, os pilotos ficam contentes, e isso significa uma performance autêntica e honesta, levando os carros ao máximo”, defendeu Wurz.
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