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Fórmula 1

Alonso anda em carro de Senna e admite gostaria de ter corrido nos ano 80

Julianne Cerasoli

De Barcelona (ESP)

14/05/2015 09h56

Pelo menos uma alegria por ter retornado à McLaren Fernando Alonso já teve em 2015: o espanhol pilotou o lendário carro com que Ayrton Senna foi campeão de 1988, em uma das campanhas mais dominantes de uma equipe na história da Fórmula 1: o brasileiro e seu companheiro Alain Prost deixaram de ganhar apenas uma etapa naquele ano com o MP4/4.

Perguntado se gostaria de ter corrido na época de Senna, o espanhol, que vem sofrendo com os problemas da McLaren em 2015 e ainda não pontuou após cinco etapas disputadas, disse que “provavelmente sim” e destacou a maior competitividade dos anos 1980. “Os carros eram melhores para as disputas, com pneus grandes, motores fortes e menos limitações em termos de criatividade para os engenheiros. Agora é tudo mais restrito. Não há testes, só há simulações, então provavelmente havia mais coisas para curtir no passado”, avaliou. “A segurança também era um pouco diferente, então é difícil escolher uma época, mas contando que você compita contra os demais e ganhe deles, você curte.”

Alonso, que costuma citar Senna como sua referência quando corria de kart na Espanha, na infância – o piloto correu pela primeira vez aos quatro anos, em 1985, quando o brasileiro estava na segunda temporada na categoria – disse que a experiência de pilotar o carro do tricampeão foi emocionante. “O carro é uma lenda, o mais dominante da história. Tive o privilégio de fazer oito ou nove voltas nele acho. Mesmo sem forçar até o limite, é algo que nunca esquecerei. Foi uma experiência incrível.”

Sobre as diferenças com os carros da atualidade, Alonso fez um paralelo com a tecnologia que se tem hoje. “Claro que há coisas mais complicadas agora por causa da tecnologia que temos no carro. Antes era tudo manual, não havia direção assistida, há três pedais e o câmbio é manual. Acho que é como um computador dos anos 80 em comparação com um computador de hoje em dia. Mudou muita coisa”, ponderou.

“Mas no automobilismo o bom é que você compete contra os demais, então nos 80, nos 90 e até em 2050 você sempre tentará ser melhor que os outros com qualquer tecnologia que tenha em mãos.”

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