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Ambulantes vendem de tudo em tributo a Kobe Bryant em Los Angeles

Juliana Borba

Colaboração para o UOL, em Los Angeles (EUA)

01/02/2020 08h38

O primeiro jogo do Los Angeles Lakers após a morte da ex-estrela do time, Kobe Bryant, no último domingo (26), levou ao centro da cidade não apenas seus, mas também um outro grupo com uma perspectiva diferente da situação: o dos ambulantes equipados com inúmeros produtos feitos em memória do craque de basquete.

Já nas ruas de acesso ao Staples Center, onde o embate contra o Portland Trail Blazers foi realizado, os vendedores autônomos exibiam as mercadorias em tecidos abertos na calçada. Poucos chegavam a improvisar pequenas mesas., que dividem espaço com os famosos carrinhos de linguiça da cidade. Não há ambulantes vendendo bebidas alcoólicas porque é contra a lei vendê-las sem ter uma licença ou bebê-las em público e o policiamento era alto.

Curiosamente, boa parte dos vendedores abordados pela reportagem falava apenas espanhol e reclamava que o movimento estava muito fraco apesar das camisetas vendidas a US$ 10 (R$ 43) e moletons a US$ 30 (R$ 128). "Uma decepção", diziam. Já numa barraca maior, improvisada na calçada, o estoque de 2 mil camisetas, vendidas a US$ 20 (R$ 86), tinha praticamente se esgotado em poucas horas.

Os cachecóis com as cores dos Lakers e a data de nascimento e morte de Bryant, a US$ 10 (R$ 43) não eram mais populares do que as bandanas vendidas a US$ 5 (R$ 21). E para quem queria imagens melhores do ídolo, era possível comprar fotos já emolduradas ou até mesmo calendários com fotos de Kobe com a filha, Gianna, também morta no acidente. Os dois itens saíam a US$ 5 (R$ 21).

Na praça comercial em frente ao Staples Center, de fato era quase impossível encontrar alguém que não tivesse pelo menos um adereço comprado na rua e adicionado com carinhos às suas camisas ou casacos oficiais. Até mesmo camisetas com um novo logo improvisado da NBA com Kobe já tinha sido feitas e podiam ser adquiridas (a ideia de logo surgiu numa petição que já acumula mais de 3 milhões de assinaturas).

Os valores dos itens formais, no entanto, não chega perto aos valores salgados dos ingressos para jogo, que chegaram a triplicar e conseguir um assento acabou virando privilégio para poucos. Isso porque a procura por ingressos foi tão alta que só era possível comprar entradas que estavam sendo revendidas a preços que chegaram a triplicar: o mais barato estava em US$ 800 (R$ 3.384) e os mais caros chegavam a US$ 3.000 (R$ 12.690).

Cambistas também tentavam aproveitar o momento e ofereciam entradas a, no mínimo, US$ 1.200 (R$ 5.136), mas pareciam frustrados. Dois deles, questionados pelo UOL, disseram não ter vendido nada (cada um tinha dois pares de ingressos).

No meio da multidão, um exemplo ainda maior de "empreendedorismo": um fã dos Lakers abre espaço entre as pessoas com um pequeno carro como daqueles de transportar terra. Dentro, dois lindos filhotinhos de Bulldog francês, de pelagem tigrada. O preço? US$ 6 mil cada (R$ 25.680).

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