VW Tiguan Allspace: 191 pontos
Mais espaço, mais tecnologia
Responsável por mais de 24% das vendas de automóveis no Brasil, o segmento de SUVs é o que mais cresce no país. Assim, o Prêmio UOL Carros 2018 se viu na obrigação de representar melhor a vontade do consumidor brasileiro dobrando a escolha do melhor no segmento: temos uma categoria para SUVs fabricados no país e outra para SUVs importados.
A importância desta carroceria no cenário automotivo nacional é tanta, que uma terceira categoria teve um SUV como vencedor: o Volvo XC40 foi eleito o modelo com "Melhor Tecnologia/Inovação" nesta edição de 2018. Ele é o modelo mais barato do Brasil a contar com tecnologia semi-autônoma.
Falando especificamente da categoria "Melhor SUV Importado", ninguém deu mais o que falar, rendeu tantos questionamentos e foi alvo de tantos olhares quanto a segunda geração do Volkswagen Tiguan. Este foi, também, o segundo troféu para a Volkswagen, que também levou o de "Melhor Picape", com a Volkswagen Amarok V6.
Usando finalmente a multi-plataforma MQB, o Tiguan cresceu: deixou de ser um modelo compacto para trazer opções de cinco e sete lugares, com entre-eixos amplo (2,79 metros, daí o sobrenome Allspace), duas motorizações e, de acordo com a versão, muito recheio.
Ele também o prioneiro da "ofensiva" mundial da Volkswagen no segmento de SUVs. Apenas para o Brasil, serão cinco novos modelos até 2020.
Importado do México, traz avanços em tecnologia. O motor é sempre turbo, seja o 1.4 turboflex de 150 cv (250 TSI) ou o 2.0 a gasolina de 220 cv (350 TSI), o mesmo utilizado no Golf GTI. A transmissão é sempre a rápida DSG de dupla embreagem, de seis marchas ou sete marchas. Na versão mais potente, a tração é integral. Porta-malas vai de 216 litros (nas versões de sete lugares) a 1.761 litros (com todos os bancos de passageiros rebatidos)
Visual interno é alinhado aos modelos atuais da Volks. O acabamento é bom, ainda que austero, na versão de R$ 125 mil. A central multimídia pode ser integrada a smartphones Apple e Android. Há pelo menos seis airbags de série, controles de tração, estabilidade e sensores de estacionamento, sensor de chuva, freio de estacionamento elétrico e ar-condicionado de três zonas. Na versão mais cara, de R$ 185 mil, temos tração integral com quatro modos de condução, diferencial com bloqueio eletrônico, faróis de facho automáticos e visual exclusivo, ACC, detector de pedestres, assistente de estacionamento, painel de instrumentos pode ser totalmente digital e teto solar panorâmico fazem um pacote digno de modelos de alto luxo.
Em movimento, perdemos aquela destreza do Tiguan pequeno (de primeira geração), uma vez que o entre-eixos maior deixa o modelo mais familiar e espaçoso, mas menos ágil em manobras e com menos gana no contorno de curvas. Por outro lado, o bom trabalho entre motor e câmbio, bem como a leveza da carroceria construída com materiais ultra-leves e resistentes, permitem que o Tiguan Allspace acelere e retome bem em qualquer situação. E, melhor, consuma pouco combustível. O RLine, aliás, serve de referência para a categoria, com boas puxadas aliadas ao amplo conforto.